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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O AÇUDE DA PEDRA BRANCA.

Ainda nos anos 50, o político angicano Espedito Alves tinha a visão de fazer o balanceamento hídrico do município de Angicos. Ele já pensava no futuro e no quanto a vida dos moradores da zona rural poderia melhorar a partir de algo dessa natureza.

Foi assim que ele começou a pensar em executar um projeto que atendesse essa necessidade e transformasse a vida do homem do campo. Com uma idéia em mente, utilizou-se do prestígio político que tinha para começar a cristalizar o projeto de um açude/barragem grande o suficiente que pudesse amenizar as condições de vida de centenas de famílias do campo.

Contou-me recentemente uma historia interessante, um amigo que por sua vez já ouvira do seu pai, sobre o tão almejado açude pretendido por Espedito e que mais tarde receberia a alcunha de “Açude da Pedra Branca”.

Nos idos anos 50, quando a seca literalmente torrava o chão dessa terra e tudo era muito difícil e sem perspectiva de melhoras, Espedito Alves trouxe até nós, através de influencia junto ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - DNOCS, um engenheiro para poder examinar o solo, as condições da terra e dar um diagnostico técnico sobre a possível viabilização de tal empreitada.

Foi solicitado e de pronto atendido, dois acompanhantes que pudessem ciceronear o engenheiro e dar-lhe qualquer assistência necessária. Depois de percorrerem muito chão e muita estrada de terra batida, chegaram a uma elevação entre fazendas.

Depois de fazer algumas medições topográficas o engenheiro subiu ao alto de um pequeno morro e observou o horizonte, detendo-se numa pedra branca, bem ao longe. Ele virou-se para um dos guias que estava por perto e disse:

Eis o melhor lugar para a construção do açude, daqui até aquela pedra branca.

O guia então confessou:

Espedito não queria influenciar o senhor não, mas o local pretendido por ele, coincidentemente é este mesmo que o senhor está apontando.

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