SUPERMERCADO J. EDILSON: O MELHOR PREÇO DA REGIÃO - Ligue: 3531 2502 - 9967 5060 - 9196 3723

SUPERMERCADO J. EDILSON: O MELHOR PREÇO DA REGIÃO - Ligue: 3531 2502 - 9967 5060 - 9196 3723

quinta-feira, 22 de julho de 2010

FERRO DE MARCAR: UMA TRADIÇÃO MILENAR

O homem antigo com a intenção de marcar suas posses criou mecanismos rudimentares para essa prática.

Desde a antiguidade á alimária já era ferrada para que supostos donos não tomassem posse do que não lhe pertenciam por direito, o que lhes era alheio.

Virgilio Maia, no seu livro RUDES BRASÕES, relata com fidelidade a origem dessa heráldica, os motivos pelas quais era manufaturados essa insígnias pelas ribeiras nordestinas.

O falecido sertanista Oswaldo Lamartine de Farias (1919 – 1998), fez um estudo sobre a heráldica maraganha, mostrando o valor que os ferros de marcar tinham nas ribeiras seridoenses e adjacências.

Hoje, o homem criou novos mecanismos para marcar seus animais, com menos danos ao couro, já que a indústria de beneficiamento de couro quer matéria prima de boa qualidade, os couros ferrados a ferro e fogo perdem grande valor comercial no aproveitamento para suas manufaturas.

Nesse dias, as marcações serão a laser e o nosso velho ferro de marcar com certeza será apenas uma lembrança pendurada nos tornos dos velhos alpendres de casas sertanejas.

O cheiro de carne queimada, o coice, o berro, a marca em baixo-relevo feito ferida aberta, dará lugar para marcações sofisticadas.

Mas, eu daqui, faço um apelo: guarde seu velho ferro de marcar como uma lembrança, como herança da simbologia sertaneja e nas tardes pastoris, coloque-os no fogo e ferre com gosto a porta da velha casa principal da fazenda e deixe assim imprimida na madeira o que é ainda o guardião da identidade donatária das velhas fazendas: O VELHO FERRO DE MARCAR deixando assim sua heráldica imprimida para posterioridade.

_______________________________________________________________________

NETO BRAGA, é licenciado em História pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. UERN

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Reflita, analise e comente