Saber o nível de interesse dos jovens de Angicos com relação ao ingresso no ensino universitário. Essa é a proposta do Grupo Estudos e Juventude, do Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidades populares da UFERSA Angicos. A pesquisa foi iniciada em outubro, voltada para jovens concluintes do ensino médio e os que já concluíram também.
Segundo a coordenadora do Grupo de Estudo, professora Cynara Teixeira Ribeiro, a proposta da pesquisa é fazer um diagnóstico sobre os jovens de camadas populares, tendo como parâmetro a perspectiva deles com relação ao ingresso na Universidade. “Estamos levantando dados que poderão subsidiar futuras intervenções”, frisa a professora.
A pesquisa possibilitará o mapeamento com o diagnóstico social acerca da situação escolar, bem como as perspectivas de acesso dos jovens moradores de Angicos na Universidade. “Estamos investigando como os jovens imaginam esse acesso e, se o ensino superior, faz parte da realidade dos jovens ou algo muito distante e, até impossível”, adianta a professora Cynara.
Os primeiros dados apontam que a escolaridade dos pais é fator de grande influência. “Constamos que estudantes filhos de pais analfabetos ou semi-analfabetos têm baixo interesse de cursar o nível superior”, afirma Cynara, acrescentando que para esses estudantes à universidade “é algo difícil, quase que inacessível”.
A professora afirma ainda que o curso de medicina é o que prevalece entre os estudantes carentes quando indagados sobre o curso que desejariam ingressar. “Sentimos que a maior parte dos jovens de Angicos ainda não despertou para o potencial que a UFERSA oferece”, declara a professora ao justificar a pesquisa desenvolvida pelos estudantes conexistas.
Aluna do quarto período do curso de Ciência e Tecnologia, a universitária Rossana Mayara, acredita que a pesquisa poderá contribuir para que os jovens de Angicos mudem de atitude e passem a valorizar e se empolgarem para conquistar uma vaga na UFERSA. “Para mim tem sido uma atividade enriquecedora ao incentivar os jovens para continuar estudando, além de poder aprender e desenvolver também as técnicas de pesquisas que são fundamentais para realização de qualquer trabalho”, opinou a estudante conexista.
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