MESA REDONDA DEBATE AO VIVO O PROJETO DO ALGODÃO

A FM COMUNITÁRIA CABUGI CENTRAL, através do programa jornalístico CABUGI NOTÍCIAS promoveu mais um debate de ideias ao vivo. Dessa feita, a mesa redonda tratou do desenvolvimento de Angicos e região, enfocando a possibilidade da volta do plantio do algodão, através de projeto que está em fase de elaboração pela EMBRAPA – Algodão e o Governo do Estado.

Os convidados foram: o Gerente do Banco do Nordeste – Agência Angicos, o Senhor Jose Erivaldo de Souza – o Diretor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA/Angicos Edicarlos Alves Leite, O Presidente do legislativo anglicano, Leonel Ribeiro Neto, e o agropecuarista Clemenceau Alves.

Quando começou a externar sua opinião o Gerente do Banco do Nordeste, Jose Erivaldo, expôs que: “É preciso que haja todo um planejamento com relação ao plantio. Tem que haver um acompanhamento sanitário rígido para que o plantio não sucumba a pragas de plantadores que não estejam seguindo regras e normas de plantio”.

Ele explicou que a região de Baraúna começou um processo semelhante, com um projeto muito bom e esqueceu um detalhe: o exato controle sanitário.

Falando sobre os objetivos do banco, Erivaldo disse:

“O banco veio para o município na década de 50, especificamente para dar apoio e respaldo ao ciclo do algodão”.

Então, estamos preparados enquanto banco de fomento, mas, mesmo quando tudo já estiver encaminhado, É necessário também, que a região esteja dentro do zoneamento do Ministério da Agricultura, senão, o banco vai ficar impossibilitado de financiar o plantio”.

Com relação aos agropecuaristas e produtores de leite, ele disse que a  região Nordeste é importante na sanidade animal, e os orçamentos levam em conta o custo de produção e da venda do produto, então tem que haver um maior compromisso do próprio governo e dos programas sociais.

Quando falou, Clemenceau aproveitou primeiro para falar de outro tópico, a questão da produção do leite. O ex-prefeito externou grande preocupação com a situação atual dos produtores de leite da região central e fez comparação com os anos noventa, época prospera do programa que revitalizou a cadeia produtiva leiteira do estado, no governo Garibaldi. Ele externou: “O programa do leite já foi bom, hoje não é, já não temos sequer condições de fazer a manutenção das cercas e prédios das propriedades”.

O ex-prefeito apontou pontos importantes para que a população rural do interior sofra menos e consiga sobreviver com dignidade.

“Nós temos uma região maravilhosa, nós não temos pragas e outras doenças que tem em outras regiões. A nossa região têm condições, de num período de um ano, termos três safras. O que falta atualmente é o incentivo do Governo do Estado e o apoio dos bancos, que devem pensar mais no desenvolvimento e um pouco menos nos lucros que serão obtidos”.

Ao utilizar o microfone, o diretor da UFERSA, Edcarlos Leite explicou que “os professores estão querendo participar ativamente dentro das atividades agrícolas dessa região. Os professores e os alunos podem entrar como técnicos agrícolas dentro do processo, para participar e colaborar de forma positiva dentro dessa região”.

Muito pode ser feito pela cidade, ele continuou, mostrando que a universidade quer participar ativamente, buscando soluções para o semi-árido e empenhando todo  a estrutura física e organizacional da UFERSA.

“Queremos discutir e ajudar Angicos e região, estamos prontos e motivados para isso.” Finalizou Edicarlos.

O presidente do legislativo angicano, vereador Neto de Dezin, se disse entusiasmado com a ideia da volta da cultura algodoeira na região.   “Eu me lembro, quando criança, que a nossa região era muito favorecida, economicamente falando, e meu próprio pai era funcionário da nossa indústria. Eu tenho uma expectativa muito grande com relação a esse projeto, e sei que é preciso um planejamento adequado. O acompanhamento é de fundamental importância para o sucesso da revitalização do algodão”.