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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ANGICANO É TEMA DE REPORTAGEM DE JORNAL DA CAPITAL


A reportagem de O Jornal de Hoje acompanhou o dia a dia de um deficiente visual durante o deslocamento de sua residência, no bairro da Cidade da Esperança até o centro comercial do Alecrim.
Logo no encontro, o primeiro obstáculo se coloca diante de José Ivanildo Silva, de 37 anos.  O ponto de ônibus próximo a Rodoviária de Natal, na avenida Capitão Mor Gouveia, onde funcionava uma antiga estação de transferência não foi adaptada para garantir acessibilidade a quem tem algum tipo de deficiência. A calçada é alta e os ônibus, às vezes, param distante dela, o que dificulta o acesso das pessoas ao transporte. Ele lembra que já perdeu uma bengala nesta parada. “Quando o ônibus parou uma pessoa, na pressa por pegar o ônibus, chutou a minha bengala pra debaixo do ônibus e o motorista não viu e passou por cima”, relatou.

“É comum termos que descer a calçada para subir no ônibus. Imagino que isso deve ser complicado para quem enxerga, quem dirá para quem não consegue ver nada. Alguns motoristas têm paciência, outros nem tanta. E é assim, em meio as dificuldades, que pegamos os ônibus aqui nessa parada, bem como em outras que apresentam as mesmas dificuldades”, disse. Além disso, como não enxerga, José Ivanildo depende das pessoas para informar quando o ônibus que ele deseja pegar chega à parada. “Os ônibus poderiam ter algum tipo de sonorização para que, quando parassem, identificássemos sem precisar da boa vontade de alguém”.

No caminho até o centro comercial do Alecrim, José Ivanildo, que nasceu no município potiguar de Angicos e há cinco anos mora em Natal, conta um pouco da sua história. Cego desde que nasceu, José Ivanildo veio para a capital para estudar e hoje ganha a vida como músico. Ele toca sanfona, teclado, violão e zambumba, além de cantar em um trio formado apenas por deficientes visuais. “Nunca vi nada, daí conseguimos nos acostumar desde cedo. Não ver nada é normal para mim assim como ver as coisas é normal para as demais pessoas. Quando não enxergamos desenvolvemos as outras habilidades. O fato de ser deficiente físico não é empecilho para nada. Acredito que desenvolvemos muito mais rápido e audição fica bem mais aguçada, o que ajuda na minha profissão. Afinal, música não requer visão e, sim, audição”, destacou.

Com seis irmãos, José Ivanildo foi o único que nasceu cego, mas nem por isso levou uma vida diferente das demais crianças de Angicos. “Minha infância foi tranquila. Me diverti e brinquei como qualquer outra criança, inclusive jogando bola. Não tinha como esquecer que era cego, até porque isto é o que eu vivo desde que nasci. Como não conheço o sol, nem a lua, o claro ou o escuro, distingo se está de dia ou de noite pelo calor”, destacou.

Quando morava em Angicos, José Ivanildo tinha a mãe, os irmãos e sobrinhos como guias. Aqui em Natal, o desafio é maior, pois ele mora sozinho e tem que caminhar e enfrentar os desafios da cidade grande sem os parentes. “Levo uma vida normal como qualquer outra pessoa. Resolvo meus problemas sozinho, sem precisar de ninguém. Se me der o endereço com o ponto de referência eu chego em qualquer local de Natal sem problema nenhum.

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