Os três cardeais que
conduziram as investigações teriam chegado à constatação da existência de
facções diferentes dentro da Cúria, uma das quais definidas por sua
"orientação sexual".
Esse grupo de bispos e
religiosos homossexuais teria criado uma espécie de rede de prostituição de
seminaristas e até de imigrantes para servir ao alto escalão. Os encontros
entre esses bispos ocorreriam em diversos locais de Roma, em saunas e até mesmo
na casa de um arcebispo italiano. Eles também teriam siso vítimas de chantagem.
O jornal italiano faz
referência ao escândalo envolvendo Angelo Balducci, que em 2010 era assessor do
papa. Em escutas telefônicas, a polícia - que o investigava por corrupção -
identificou como ele usava serviços do nigeriano Chinedu Thomas Ehiem, cantor
da Capela Julia, na Basílica de São Pedro, para contratar jovens para serviços
sexuais.
Os encontros ocorreriam em
locais relacionados também com Marco Simeon, protegido do secretário de Estado,
Tarcisio Bertone. O nome de Simeon já havia aparecido em investigações sobre
corrupção dentro da Igreja. Simeon também foi citado no caso da demissão de
Ettore Gotti Tedeschi - o executivo-chefe do Banco do Vaticano que tentou
limpar a instituição, sem sucesso.
Segundo o jornal, o documento
vai "condicionar o conclave" a escolher um papa capaz de lidar com
esse escândalo.
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