A avaliação foi a mesma do
advogado autor da ação, Marcos Araújo, contudo, o sentido é outro. A advogada
Izabel Fernandes, que defende a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, no recurso
que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a cassação do diploma
dela, avaliou também como “boa” a audiência de instrução do processo, realizada
na última sexta-feira (14). Por isso, a expectativa é que a gestora municipal
acusada de abuso de poder econômico e político na eleição de outubro de 2012,
seja “inocentada”.
Izabel Fernandes, por sinal,
representou a atual prefeita, que não compareceu a audiência. Nem ela, nem
Rosalba Ciarlini, governadora do Estado, que foi uma das citadas no processo,
justamente, pela acusação de favorecer a candidatura da democrata. “Foi muito
boa, até porque não tem nenhuma prova consistente contra Cláudia Regina”,
afirmou Izabel Fernandes.
Segundo a advogada da
prefeita, prestaram depoimento em juízo uma testemunha arrolada pela “defesa” e
três da “acusação”. “E mesmo assim as testemunhas foram contraditadas, ou seja,
não podiam assumir o compromisso de dizer a verdade porque tinham aproximação
com Larissa Rosado. Uma tinha se afastado do cargo para trabalhar na campanha
dela; o outro, o vereador Jamir Fernandes, é declarado apoiador de Larissa, e
Guilherme Ricarte, que era assessor dela na campanha”, narrou Izabel Fernandes.
Segundo a advogada, agora, o
recurso volta ao TRE, para as mãos do juiz eleitoral Verlano Medeiros, relator
do processo. Se ele achar que não é necessária mais nenhuma diligência, o
processo vai para julgamento. Nesta sexta-feira, vale ressaltar, a audiência
foi presidida pela juíza eleitoral Ana Clarisse Arruda, que está substituindo o
magistrado Pedro Cordeiro na 34ª zona eleitoral.
É importante lembrar,
consequentemente, que o processo que tramita hoje no TRE é semelhante ao que
condenou Cláudia Regina na 33ª zona eleitoral, em decisão do juiz Herval
Sampaio. A sentença, no entanto, foi anulada em seguida, justamente, por Pedro
Cordeiro. O motivo teria sido justamente o fato de Rosalba Ciarlini ter sido
uma das principais “personagens” do processo de favorecimento a Cláudia Regina,
mas não ser citada no processo e, consequentemente, não ter podido se defender.
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