Há pouco mais de seis meses da
estreia do Brasil na Copa de 2014, Luiz Felipe Scolari, 65 anos e já com dois
Mundiais e o título de 2002 no currículo, admite estar ansioso. Mas, acima de
tudo, confiante. Consequência do fato de ter uma equipe formada e um sistema
tático definido. Tanto que, apesar de não fechar as portas a nenhum jogador,
diz trabalhar com 25 nomes para escolher os 23 que vão tentar o hexacampeonato.
“Estou com a seleção 105%
definida para Copa. Tenho 25 jogadores e preciso tirar dois”, disse na última
segunda-feira, em São Paulo, durante evento de um dos patrocinadores da
seleção. Mas ele vai continuar fazendo observações – em dezembro assistirá a três
jogos na Europa – para o “caso de alguma emergência”. Mas, independentemente do
bom momento vivido pela seleção, o comandante garantiu, em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo, publicada nesta terça-feira, que o clima de otimismo
geral no País não vai contaminar o time nacional.
“Não vai virar (oba-oba),
porque no momento em que nós entrarmos para a concentração, para o trabalho
normal lá na Granja Comary, nós estaremos no nosso ambiente. Só vão entrar
pessoas que nós definirmos que podem. Não vai adiantar pressão de A, B, C, de
patrocinador, de nada. Eu peço desculpas se alguns não compreenderem, mas é
assim que vai ser”, disse Felipão, ao ser questionado se teme que o assédio e a
empolgação da torcida possam desconcentrar a seleção.
Ao mesmo tempo em que assegura
que o clima de oba-oba não irá tomar conta da seleção na reta final de
preparação para o Mundial, o treinador voltou a dizer que não pode abandonar o
discurso de que o Brasil é o favorito ao título, pois desta forma acredita que
os atletas poderão lidar de forma confiante com a pressão pelo hexacampeonato.
“Qual a pressão que eu posso passar aos jogadores? Os jogadores sabem que,
jogando no Brasil, todo mundo quer que o País seja o campeão. Ninguém vai dizer
que se for o segundo está bom. Então de que adianta a gente ficar passando uma
ideia diferente? Nós temos um time bom, pronto, uma grande seleção, jogamos em
casa, temos o torcedor, temos o País junto conosco, por que não vamos assumir?
E também é uma forma de passar aos jogadores que eu estou confiante neles.
Confio plenamente neles”, ressaltou.
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