Vinte e quatro anos ficaram
para trás, mas Carlos Bilardo ainda não se esqueceu de Edgardo Codesal. Meio
uruguaio e meio mexicano, o árbitro deu um pênalti polêmico que decidiu aquela
Copa do Mundo a favor da Alemanha. Então treinador argentino e atual gerente da
seleção, Bilardo até hoje não é capaz de olhar para Codesal. Se o assunto é
disputa de Mundial, as feridas jamais cicatrizam.
Neste domingo, às 16h (de
Brasília), o Maracanã será palco de um desses dias que marcam para sempre a
história do futebol. Gols podem deixar heróis para sempre, erros fatalmente
criarão vilões. Alemanha xArgentina, pela terceira vez consecutiva, se
encontram em um Mundial. Este duelo, porém, tem outro tipo de caráter: é a
final que decide a Copa das Copas.
Divulgado pela presidente
Dilma Rousseff e motivo de discórdia ao longo de muitos meses, o termo para o
20º Mundial acabou por se justificar quando o torneio começou. Além da segunda
maior média de público de todos os tempos, só atrás de 1994, a Copa do Brasil
registrou clássicos marcantes desde a primeira rodada e também tem tudo para
ser aquela com o maior número de gols na história. Para isso, basta que dois
ocorram na final deste domingo.
Até a rede inglesa BBC se
referiu a 2014 como a Copa das Copas, mas resta a final. Dona da maior vitória
da história de uma semi, a Alemanha despachou o Brasil com crueldade e se
assumiu favorita. Do outro lado, uma Argentina pragmática pode dar o que falta
para Lionel Messi se eternizar. O palco não poderia ser mais especial: o
Maracanã tem o maior público de finais, com 173850 presentes em 1950.
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