Estudo diz que o Brasil enfatiza basicamente a energia renovável, deixando grande quantidade de eficiência energética intocada. Foto:
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O Brasil aparece em 15º lugar
entre os 16 maiores países do mundo em um ranking sobre eficiência energética,
ganhando apenas do México. Segundo um novo estudo publicado pelo Conselho
Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em
inglês), o país mais eficiente do mundo nesse quesito é a Alemanha, seguida
pela Itália e com o agregado da União Europeia em terceiro lugar. Entre os
países do grupo Bric, a China aparece em 4ª lugar, a Índia fica com a 11ª
posição e a Rússia no fim da lista (14º).
O ACEEE elaborou o ranking
dividindo a avaliação em quatro áreas, cada uma com uma pontuação máxima de 25
pontos. No total, o Brasil obteve 30 pontos, dos 100 possíveis. O pior
desempenho do País foi no tópico da Indústria, no qual recebeu apenas 2 pontos.
No item Esforços Nacionais foram obtidos 4 pontos, com mais 10 pontos em
Construções. A área em que os brasileiros se saíram melhor foi Transportes, com
14 pontos e a quinta posição no ranking global. Ajudou o fato de os brasileiros
usarem bastante o transporte público, respondendo por 37% da distância
percorrida.
“A política energética no
Brasil enfatiza basicamente a produção de energia renovável, deixando uma
grande quantidade de eficiência energética intocada”, diz o relatório. No lado
positivo, o Brasil se destaca pela taxa de investimentos em ferrovias, que é a
maior entre todos os países analisados. Para cada US$ 1 investido em rodovias
no País, US$ 1,28 é investido em ferrovias. A política nacional sobre uso e
conservação de água também foi elogiada. O estudo aponta, porém, que apesar de
o governo ter estabelecido um plano nacional sobre mudanças climáticas, não
existe uma política nacional sobre economia de energia.
Entre os pontos nos quais o
Brasil tem bastante a melhorar, o ACEEE lembra que não existem padrões
obrigatórios para instalações elétricas em prédios e residências e que as
exigências sobre eficiência energética só se aplicam a poucos equipamentos
eletroeletrônicos.
O relatório também diz que o
País se beneficiaria de acordos voluntários entre os setores público e privado
para melhorar a eficiência energética na indústria, que incluiriam a criação de
cargos específicos para cuidar dessa questão ou o estabelecimento de auditorias
periódicas.
Grande rival do Brasil na preferência
dos investidores entre os países da América Latina, o México tem a pior
eficiência energética entre as economias analisadas pelo ACEEE. Os problemas se
concentram principalmente na indústria, mas o estudo também ressalta a
necessidade de mais recursos para pesquisa e desenvolvimento e um maior
investimento em ferrovias
A Rússia, por sua vez, aparece
junto com Brasil e México no fim da tabela. A intensidade energética nas
residências russas é uma das maiores do mundo, com políticas muito fracas para
estimular a economia de energia. Além disso, as termoelétricas do país também
estão entre as menos eficientes.Já Índia e China estão melhor colocadas no
ranking. Em ambos os casos, o forte uso do transporte público é um ponto
positivo, enquanto os chineses também se destacam pelos estímulos aos veículos
híbridos e elétricos, embora a eficiência energética nas indústrias do país
ainda seja muito baixa.
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