Entre os mais de
50 mil presentes no massacre da Alemanha sobre o Brasil, nesta terça-feira, em
Belo Horizonte, estavam vários dirigentes do futebol brasileiro. Quase todos os
27 presidentes de federações estaduais e diversos auditores do Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) assistiram in loco ao vexame da equipe na
semifinal da Copa do Mundo. Para muitos deles, a culpa tem nome: Luiz Felipe
Scolari.
Durante e depois do duelo, o assunto era o mesmo: os
erros cometidos pelo técnico da seleção, tanto nessa partida como em outras do
Mundial, passando até por críticas à preparação feita e também ao elenco
convocado. Futuro vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
eleito na chapa de Marco Polo Del Nerto, Delfim Peixoto, presidente da
federação de Santa Catarina, foi duro nas críticas.
“Felipão foi teimoso demais. Em todos os momentos. Desde
a convocação até o esquema tático escolhido. Tudo errado. Não quero nem falar
sobre isso, para não falar bobagem. Mas uma coisa eu posso te garantir, nunca
mais o Felipão vai estar com uma seleção brasileira. Não volta nunca mais. Um
vexame, uma vergonha”, afirmou o cartola, ao ESPN.com.br.
“E vou te falar mais, Felipão deveria se aposentar. Não
vai ter lugar em nenhum time do Brasil. Nem agora, nem nunca mais. Ele não
precisa de dinheiro. Deve pegar as coisas dele e dar tchau”, completou o
desabafo.
Durante a partida, quando já estava quatro a zero para
Alemanha, a revolta entre os dirigentes já era geral. José Maria Marin e Marco
Polo Del Nero, no entanto, estavam em outro camarote e não ouviram todas as
reclamações de seus parceiros. Antes de deixar o Mineirão, a dupla ainda passou
no vestiário para consolar os jogadores.
Delfim Peixoto ainda disse que o futebol precisa de
mudanças, urgentemente.
“Tem que mudar. Vamos precisar de muitas mudanças daqui
para frente. Eu tenho certeza que Marco Polo Del Nero tem disposição em fazer
isso. E mesmo que não tivesse, teria de fazer de qualquer maneira. E urgente”,
finalizou.
ESPN
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