O diretor e sócio da empresa
capixaba Ympactus Comercial, Carlos Roberto Costa, que representa a Telexfree
no Brasil, teve sua candidatura aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral do
Espírito Santo, na tarde da última segunda-feira (05). Costa concorre como
deputado federal.
Segundo dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Costa é filiado ao Partido Republicano Progressista
(PRP), e disputa pela coligação “Juntos por um Espírito Santo mais forte”. Ele
é alvo de uma ação civil pública no Acre, e de um processo criminal na Justiça
capixaba.
O diretor, que é natural do
Rio de Janeiro, estimou em R$ 3 milhões o limite de gastos de sua campanha. O
patrimônio declarado por ele é de R$ 13.542.568,43. As quotas de capital da
empresa Ympactus foram declaradas por Carlos Roberto Costa no valor de R$ 300
mil.
No dia 24 de julho uma
operação, com o objetivo de investigar crimes financeiros relacionados às
atividades da Telexfree, foi deflagrada pela Polícia Federal, em Vitória. Ao
todo, nove mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Vitória
foram cumpridos a durante a Operação Orion, em endereços ligados à Ympactus
Comercial.
Entenda
Tudo começou quando a juíza
Thaís Borges, do Acre, deu parecer favorável à uma ação proposta pelo
Ministério Público, e determinou a suspensão de pagamentos, e adesão de novos
divulgadores à empresa. Na sequência, os Ministérios Públicos estaduais passaram
a investigar as ações da empresa em conjunto. Somente até julho do ano passado,
a Telexfree possuía mais de 50 processos na Justiça do Espírito Santo.
O Departamento de Proteção e
Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do
Ministério da Justiça, chegou a instaurar processo administrativo contra a
Telexfree(Ympactus Comercial Ltda.) por indícios de formação de pirâmide financeira.
Segundo informações do
Ministério, O DPDC recebeu no início do ano denúncias contra a empresa de
vários órgãos estaduais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor,
principalmente Procon e Ministério Público do Acre. A empresa estaria violando
princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de
transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade
enganosa e abusiva.
Em abril deste ano, por
unanimidade de votos, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Espírito Santo (TJES) manteve a decisão proferida em fevereiro, que negou
concessão de recuperação judicial à sociedade empresária Ympactus Comercial
S/A, conhecida comercialmente como Telexfree. A concessão já havia sido negada
também em primeiro grau pelo juiz titular da Vara de Recuperação Judicial e
Falência de Vitória.
No mês de maio, a esposa de um
dos fundadores da empresa Telexfree, o capixaba Carlos Nataniel Wanzeler,
acusado por autoridades dos Estados Unidos de fraudar investidores e fugir para
o Brasil, foi presa ao tentar embarcar no aeroporto JFK, em Nova York. Katia
Wanzeler, de 45 anos, estava em um voo internacional e pretendia deixar os
Estados Unidos.
Durante as investigações da
Polícia Federal dos Estados Unidos, Wanzeler conseguiu fugir para o Brasil, mas
a esposa ficou no estado onde viviam, em Massachusetts.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente