A diretora executiva do
movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, defendeu hoje (19) uma estratégia
inovadora para enfrentar os desafios atuais da educação. “Precisamos ainda de
inovação, porque não dá para viver em pleno século 21 com uma educação que é
reflexo do século 19 e 20, porque o sistema atual não está garantindo
aprendizagem. A porcentagem de alunos que aprendem ao final de cada etapa é
pequena e vai caindo no decorrer dos anos”.
Priscila apresentou a análise
ao participar do fórum Educação e o Mundo do Trabalho: O Ponto Que O Brasil
Precisa Construir, organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, na capital
paulista. Para ela, é preciso criar a possibilidade de ter uma educação que
sirva ao país, com todas as crianças na escola, garantia de que todos aprendam
e equidade com resultados iguais.
Para a diretora do Todos pela
Educação, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que
congrega diversos setores da sociedade civil, o conhecimento diversificado e
complementar é o fator que mais explica o desenvolvimento de um país. “É isso
que tem explicado que países tenham avançado economicamente de forma justa para
seus cidadãos com maior distribuição de renda, qualidade de vida e de forma
sustentável”. Segundo ela, isso está intimamente ligado com o tipo de educação
que o país oferece.
O ministro da Educação,
Henrique Paim, disse durante o evento que o Brasil tem feito um grande esforço
para melhorar a educação, mesmo que o país tenha tido um despertar tardio a
respeito do assunto e esteja pagando um preço alto por isso. Durante painel do fórum,
o ministro ressaltou que há três elementos-chave para esse esforço nos últimos
anos: estatísticas da educação, avaliação dos estudantes e financiamento da
gestão.
“Constituímos no Brasil um
grande sistema de avaliação e estatística dos mais modernos, com um cadastro
atualizado todos os anos. O outro elemento é a avaliação que mede o desempenho
dos estudantes desde a escola até os sistemas municipais e estaduais, o que tem
que ser reconhecido como ferramenta importante para avançar na educação. O financiamento
de gestão é o terceiro fator que permitiu que haja um padrão de financiamento
para a educação, que faz com que criemos maior equidade entre os estados
brasileiros”.
De acordo com Paim, o Plano
Nacional de Educação (PNE) é diferenciado e trata de acesso e equidade, sendo
uma grande oportunidade para o país, por tratar de todos os elementos
fundamentais para o avanço da educação. “O PNE é o grande guia para que
possamos, nos próximos dez anos, mudar a educação brasileira de forma
estruturante. O programa surgiu de um grande debate e hoje temos uma outra
perspectiva em torno da questão educacional”, afirmou.
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