Foto: (Marcos de Paula/Estadão
Conteúdo/VEJA)
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O ministro Marco Aurélio
Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o CEO da agência Match,
Raymond Whelan, que estava preso há um mês sob acusação de chefiar a máfia dos
ingressos da Copa do Mundo. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, atendendo
a um pedido dos advogados de Whelan.
O principal argumento para que
o britânico fosse mantido preso durante as investigações era o risco de ele
deixar o Brasil. Mas o ministro do STF não viu razão para que o britânico
permanecesse encarcerado: “As fronteiras são quilométricas, a inviabilizar
fiscalização efetiva. Todavia, essa circunstância territorial não leva à prisão
de todo e qualquer acusado”, afirmou Marco Aurélio em sua decisão. “Há meios de
requerer-se a estado estrangeiro a entrega de agente criminoso, ou até, em
cooperação judicial, de executar-se título condenatório no país em que se
encontre.”
O ministro do STF também
rejeitou o argumento de que Raymond Whelan pudesse pressionar testemunhas do
caso. Para o magistrado, o britânico deve ser solto imediatamente: “A regra é
apurar para, selada a culpa, prender, executando-se, então, o título judicial
condenatório”.
A Polícia Civil do Rio de
Janeiro chegou a Whelan durante uma investigação sobre a máfia internacional de
cambistas. Ele é apontado como o principal fornecedor dos bilhetes. O britânico
comanda a empresa Match, que foi escolhida pela Fifa como responsável por
providenciar as instalações para autoridades e convidados nas cidades-sede do
torneio esportivo.
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