Foto: FD/ Policia |
Em assembleias realizadas nos
dias 16 e 17, os policiais federais de todo o país decidiram paralisar suas
atividades na próxima semana. A greve de 72h – de quarta (22), quinta (23) e
sexta (24) - terá início com um ato na terça-feira (21), à noite, em todas as
capitais. Os grevistas reclamam das interferências e da falta de compromisso do
atual governo.
Segundo a Federação Nacional
dos Policiais Federais (Fenapef), os agentes, escrivães e papiloscopistas
federais se sentem desprestigiados, com salários congelados há seis anos, e
reclamam da falta de compromisso do atual governo em relação ao termo de acordo
que finalizou a última greve em 2012.
O estopim da greve é a recente
Medida Provisória 657, que “atropelou” as tratativas junto ao Ministério do
Planejamento. Ao restringir as chefias e o conceito de autoridade policial
somente para o cargo de delegado, a medida cria uma hierarquia política nunca
existente na PF, e retira a autoridade e autonomia técnica dos demais policiais
envolvidos nas investigações.
Segundo Jones Borges Leal,
presidente da Fenapef, “queremos uma polícia com chefes que mereçam os seus
cargos pelo mérito e pela experiência. Somente com profissionalismo podemos
evitar interferências nas investigações, garantir que todas as provas
produzidas pelos agentes federais cheguem na justiça e impedir que ocorram
vazamentos de informações sigilosas”.
No Minuto
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