Robson Diego Soares, 20 anos,
foi executado dentro de escola
Foto:
Arquivo pessoal
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A Delegacia Especializada de
Homicídios abriu nesta segunda-feira (27) o inquérito para investigação da
morte de um jovem dentro uma escola durante a eleição deste domingo (26)
Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. O delegado Clayton Pinho, titular
da delegacia, conta que a linha de investigação inicial é que Robson Diego de
Moura, de 20 anos, foi executado por inimigos. "O rapaz era suspeito de um
homicídio e tinha desafetos", afirmou ao G1. As testemunhas devem ser
ouvidas nesta semana.
O jovem foi morto na Escola
Municipal Professora Celina Guimarães, no bairro Barrocas. A votação foi
suspensa para a retirada do corpo, só sendo retomada duas horas e meia depois.
O local é um dos que receberam reforço do Exército para a segurança nas
eleições no município. O criminoso fugiu.
José Soares, pai da vítima,
acredita que o filho entrou na escola para se esconder, pois pensava que o
local estaria seguro devido ao reforço policial. "Ele entrou na escola
para se proteger, mas não foi o que aconteceu", relatou o pai. O pai disse
também que o filho era envolvido com o tráfico de drogas e estava sendo
perseguido.
De acordo com laudo do
Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte, Robson Diego de
Moura foi assassinado com tiros na cabeça.
O assassinato
Segundo o advogado Kennedy
Diógenes, testemunha do crime, a vítima aguardava na fila para votar quando foi
surpreendido pelo criminoso. "Assim que tomou o primeiro tiro, o rapaz
correu e tentou se esconder dentro da sala onde funcionava a seção 264. O
assassino o alcançou e terminou a execução já na entrada da sala de
votação", afirmou.
Ainda segundo o advogado, dois
mesários (sendo uma a presidente da seção) desistiram de trabalhar ao alegarem
não ter mais condições emocionais. "Um mesário assumiu como presidente e
outras duas pessoas foram convocadas para compor a mesa", contou Kennedy.
Só após a realocação dos equipamentos e da urna eletrônica a votação pode ter
sequência.
Por meio de sua assessoria de
comunicação, o TRE-RN afirmou que o crime não teve motivação ligada ao pleito
deste domingo. A Polícia Civil de Mossoró vai investigar o crime.
"O que sabemos é que
membros de um grupo de gangues se encontrou aqui dentro da escola e se
estranharam. Na troca de tiros, o rapaz foi baleado", disse o sargento
Alfredo Carneiro, do 2º Batalhão da PM. A polícia não confirmou se Robson fazia
parte de um dos grupos rivais.
G1 RN
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