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terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Governador e o Dragão da Maldade – Por CASSIANO ARRUDA CÂMARA

Do Novo Jornal
Para que não pairem dúvidas, o governador eleito, no seu primeiro pronunciamento, logo depois de conhecido o resultado da eleição, disse com todas as letras:  “Era muito difícil ganhar, mas consegui vencer a “Chapa do Acordão”. Farei o governo mais transparente do Brasil, com base no diálogo e inovação. O Rio Grande do Norte escreve uma nova história política”.

Na hora da comemoração, Robinson Faria não poderia fugir de nominar o “dragão da maldade” que ele conseguiu construir, enquanto descontruía a imagem do seu adversário nas urnas. Robinson chegou ao Segundo Turno, de forma surpreendente e elegeu-se governador do Estado, porque transformou o Acordão num inimigo comum, que passou a sintetizar todos os males do nosso Rio Grande do Norte, que está  vivendo uma  das quadras mais difíceis de sua história.

Para combater ao Acordão, Robinson começou sacramentando um acordo com o Partido dos Trabalhadores, sem nunca ter votado em nenhum candidato do PT, nem mesmo o ex-presidente Lula, a quem disse (e mostrou na televisão) ser o inspirador de sua luta e diretriz  para o seu governo. Registre-se, que tanto ele, Robinson, como o PT, haviam participado de conversas distintas para participar do tal Acordão. 
E só não fizeram parte dele porque foram rejeitados. Robinson queria, entre outros pontos, que lhe fosse assegurada a eleição para presidente da Assembléia Legislativa. O  PT queria que a deputada Fátima Bezerra fosse candidata ao Senado, fortalecendo, em nível local, a aliança em favor da presidente Dilma Rousseff.  Henrique Alves optou pela ex-governadora Wilma de Faria, comprometida com a candidatura Eduardo Campos, então candidato do PSB a Presidência da República.


O acordo com o PT teve de ultrapassar barreiras aparentemente intransponíveis, como tirar o seu partido, o PSD, da coligação para deputado estadual, atendendo a um capricho do deputado Fernando Mineiro, que ficou com medo de não se eleger na hipótese do partido contar com coligados fortes e ter menos votos do que os candidatos aliados. Robinson aceitou a imposição, mesmo perdendo a deputada Gesane Marinho, que avaliou o risco como muito grande e terminou retirando a candidatura à reeleição e mudou de lado. Mas, o PT aceitou de bom grado coligar com o PSD na chapa de deputado federal, o que era fundamental para Robinson garantir a reeleição do filho, Fábio Faria. O PT arriscaria ficar com uma segunda vaga. Mas essa hipótese parece ter sido arquivada pelo próprio PT ao concordar com a candidatura do deputado eleito Betinho Segundo, sobrinho da governadora Rosalba Ciarlini, designado por ela para falar de política em seu nome na campanha eleitoral, num novo acordo, que ficou secreto até o último domingo.

Na contabilidade petista, o partido da Presidente da República tinha duas cadeiras – ocupadas por Fátima Bezerra e Fernando Mineiro – legislativas e continuou com elas. Trocou o posto na Câmara Federal por outro no Senado e manteve o lugar de deputado estadual, que canalizou os votos petistas para eleger a esposa do vice-governador eleito Fábio Dantas, sra. Cristiane Dantas, que teve menos três mil votos do que Mineiro, e ainda sobrou votos para eleger um vereador de Parnamirim, Carlos Augusto Maia, com pouco mais de 20 mil votos (os outros candidatos do PT ficaram abaixo dos dez mil votos), um nome desconhecido de uma das oito legendas que fizeram parte do acordo que Robinson formalizou para combater o Acordão.

Não dá para duvidar: - A não eleição de Henrique Alves significou a derrota do Acordão. Mas, esse  mesmo Acordão já  havia viabilizado, no primeiro turno, a eleição de seis dos oito deputados federais do RN, além de 18 dos deputados estaduais. É com eles que o novo governador vai ter que se  acertar para enfrentar, daqui pra frente,  os muitos compromissos que assumiu.


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