Policiais federais suspenderam
a paralisação prevista para iniciar hoje (22) em protesto contra a Medida
Provisória 657, que estabelece benefícios para os delegados. Ontem (21),
agentes do Rio, Brasília e Minas Gerais, realizaram atos para anunciar a
paralisação de 72 horas que iria durar até a próxima sexta-feira (24). No Rio,
cerca de 100 policiais fizeram uma manifestação no centro da capital
fluminense, antes da reunião com o governo federal.
A greve foi suspensa pela
Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), após reunião com o ministro
interino da Casa Civil, Valdir Simão, e o ministro da Secretaria de Relações
Institucionais, Ricardo Berzoini, que se comprometeram a solucionar a crise que
se arrasta há anos na Polícia Federal.
Para o presidente do Sindicato
dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro
(SSDPF/RJ), André Vaz de Mello, “a Fenapef entendeu mais uma vez que é preciso
dar um voto de confiança ao governo. Vamos acompanhar os desdobramentos para
avaliar o melhor a fazer não só para a categoria, como para a população que,
como nós, precisa e merece a reestruturação da segurança pública já”, relatou.
De acordo com o sindicato,
para os escrivães e papiloscopistas e para os peritos criminais, que também
estiveram presentes no ato, a medida provisória é um retrocesso na estrutura da
Polícia Federal e mais uma ameaça à reestruturação da segurança pública, uma
das principais bandeiras de luta dos agentes federais.
A Agência Brasil entrou em
contato com a Polícia Federal em Brasília e foi informada que a instituição não
vai se pronunciar sobre a decisão nem sobre a reunião de ontem.
Agência Brasil
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