O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiu na noite de sábado retirar trechos das campanhas da presidente e
candidata à reeleição do PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PSDB, Aécio
Neves. No caso da propaganda petista, o tribunal determinou a suspensão do
trecho em que a campanha cita a recusa de Aécio em fazer o teste do bafômetro,
durante uma blitz da polícia do Rio de Janeiro. O TSE também acatou o pedido de
Aécio, que acusou o PT de atacar sua honra ao insinuar que ele tenha recusado o
bafômetro por estar embriagado.
No caso da propaganda do
tucano, a suspensão é de trechos em que o irmão de Dilma, Igor Rousseff, é
citado por ter sido contratado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando
Pimentel (eleito governador de Minas Gerais), para um cargo público, sem jamais
ter aparecido para trabalhar.
Os dois casos – tanto da blitz
de Aécio quanto da contratação de Igor – foram usados pela troca de ataques
entre Aécio e Dilma no último debate presidencial, exibido pelo SBT na última
terça-feira.
A suspensão da campanha petista
foi decidida pelo ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do TSE, que
afirmou que o horário eleitoral deve ser usado para a apresentação de ideias e
propostas e não para ataques pessoais. Segundo Vieira, os horários gratuitos de
rádio e televisão são “holofotes (que) devem estar direcionados para o
candidato e para as suas ideias, não para pirotecnia ou artifícios técnicos que
produzam imagens artificiais e enganosas”.
A campanha petista também foi
proibida de veicular trecho de propaganda afirmando que o PSDB recebeu dinheiro
do esquema de desvios da Petrobras para partidos coordenado pelo ex-diretor da
estatal, Paulo Roberto Costa. O programa de Dilma também não poderá questionar
“onde estão os corruptos do metrô de São Paulo”.
Já a decisão de retirar do ar
trechos da propaganda de Aécio foi tomada pelo ministro Admar Gonzaga, também
no sábado à noite. A propaganda dizia que Igor Rousseff “foi nomeado pelo
prefeito Fernando Pimentel, no dia 20 de setembro de 2003, e nunca apareceu
para trabalhar”. A defesa de Dilma apresentou na ação declarações do
ex-prefeito Fernando Pimentel, eleito governador de Minas Gerais no primeiro
turno, segundo o qual o irmão da presidente trabalhava de forma regular.
Na representação ao TSE, a
coligação de Dilma afirmou que Aécio Neves utilizou trechos editados do debate
realizado pelo SBT, na quinta-feira, “com a nítida intenção de degradar a
imagem, a honra e a dignidade da candidata, caluniando Dilma Rousseff, que à
época da nomeação de seu irmão na prefeitura de Belo Horizonte nem sequer era
presidente da República”.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente