Uma possível alta tem sido discutida entre Petrobras e governo
Foto: Júnior Santos
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O reajuste dos combustíveis
foi discutido ontem durante reunião do conselho de administração da Petrobras e
já teria recebido aval do governo. Segundo informações extraoficiais, há a
possibilidade de o percentual ficar em 5%. Um novo encontro foi marcado para o
dia 14, quando, além do reajuste, é também esperada a divulgação do balanço
financeiro da estatal no terceiro trimestre. A economista e sócia da Tendências
Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro, estima que a alta esperada de 5% no
preço da gasolina nas refinarias traria um reajuste de 3% nas bombas dos postos
de combustíveis e um impacto de 0,11 ponto porcentual no Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo a consultoria, esse
reajuste estouraria o teto de 6,5% da meta de inflação de 2014, o que leva a
Tendências a ainda não considerar o aumento da gasolina este ano. A economista
avalia, no entanto, ser possível, ainda em 2014, um aumento no diesel, que traz
um impacto menor no IPCA, ou ainda um reajuste menor, de 3%, da gasolina nas
refinarias.
“Um reajuste de 8%, por
exemplo, do diesel nas refinarias representaria um aumento de 5% na bomba e um
impacto de apenas 0,01 ponto (porcentual) no IPCA. Já um aumento de 3% gasolina
na refinaria representaria entre 1% e 1,5% nos postos e 0,06 de impacto no
IPCA”, explicou Alessandra.
Como aumentos da gasolina nos
postos sempre são acompanhados de reajustes de etanol, mesmo que o combustível
de cana-de-açúcar não suba nas usinas, a alta de 3% do álcool na bomba traria,
segundo Alessandra, um impacto complementar de 0,03 pp no IPCA e levaria a
inflação de 2014 a 6,54%, ainda mantendo o cenário sem variações de alimentos.
“Isso iria contra o grande discurso da (presidente) Dilma (Rousseff), que é
manter a inflação na meta durante 11 anos”, afirmou.
GASOLINA NO RN
No Rio Grande do Norte, o
preço médio da gasolina ao consumidor é R$ 3,021, de acordo com pesquisa da
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada no
período de 26 de outubro a 1º de novembro. Caso o aumento de 5% seja confirmado
e repassado integralmente às bombas, esse valor deverá subir para cerca de R$
3,17, por litro. Se o reajuste ficar em 3%, o valor médio deverá chegar a R$
3,11 no estado.
Tribuna do Norte
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