Foto: Júnior Santos |
O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou ontem um financiamento de R$
422,3 milhões para dois projetos eólicos, incluindo um no Rio Grande do Norte –
um dos maiores geradores da energia dos ventos no Brasil.
Os recursos serão destinados à
construção do parque Morro dos Ventos II, nos municípios de João Câmara e
Parazinho, e a seis parques no Piauí, que formam o Complexo Eólico Chapada do
Piauí II, nos municípios de Caldeirão Grande do Piauí e Marcolândia. Juntos, os
projetos terão capacidade de geração de 201,56 MW, informou o banco de fomento,
em nota.
O parque Morros dos Ventos,
com capacidade de geração de 29,16 MW, entrará em operação em 2016. O projeto,
no Complexo Eólico Morro dos Ventos e Eurus, formado por oito usinas eólicas,
terá R$ 84,3 milhões do BNDES, de um total de R$ 132 milhões de investimentos,
incluindo programas sociais e o sistema de transmissão associado. O complexo já
tem sete parques em operação também financiados pelo BNDES.
No caso da Chapada do Piauí
II, os recursos aprovados para os seis parques eólicos, no valor de R$ 338
milhões, são um empréstimo-ponte. Os parques terão capacidade de geração de
172,4 MW e serão conectados ao Sistema de Interligado Nacional. Segundo o
banco, o complexo eólico criará 2.750 empregos diretos e indiretos durante as
obras.
Crescimento
Embora a orientação para 2014
seja de moderação, o BNDES espera aumentar em 15% este ano o total de
aprovações e desembolsos para projetos eólicos no País. Em 2013, o banco
aprovou R$ 3,6 bilhões e desembolsou também R$ 3,6 bilhões em financiamentos
para o segmento.
“Neste ano, sem dúvida alguma,
a eólica se destacou”, notou Antonio Tovar, chefe do departamento de Energias
Alternativas do BNDES. “No ano que vem, a gente já deve ter alguma coisa (de
energia) solar, com os vencedores do leilão de outubro. Os financiamentos devem
ser aprovados no segundo semestre e os desembolsos liberados entre novembro e
dezembro de 2015”, completou.
O banco aumentou o número de
aprovações a projetos de energias renováveis nas últimas duas semanas, e o
ritmo deve se manter acelerado até o fim do ano, para a concessão de
financiamentos a vencedores dos leilões já realizados. Em meio à crise
climática e energética, que pressiona os preços no mercado livre desde o início
do ano, o segmento de energias renováveis (exceto hidrelétricas) deve contar
com R$ 4,5 bilhões em desembolsos e quase R$ 5 bilhões em aprovações em 2014.
Para 2015, a expectativa é
crescer também na faixa 15% em desembolsos e aprovações. “Isso será puxado pelo
setor eólico e o início do desenvolvimento do parque solar”, contou Tovar.
Tribuna do Norte
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