A CBF desistiu de sediar o
Mundial de Clubes da Fifa diante da falta de apoio do governo brasileiro para o
torneio que usaria os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014. O
Estado de S.Paulo apurou com exclusividade que o projeto foi abandonado.
A ideia era a de organizar o
evento em 2017 e 2018, mantendo o País no calendários dos grandes eventos
internacionais mesmo depois dos Jogos Olímpicos de 2016. “Está descartado”,
declarou ao Estado de S.Paulo o presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero.
Em setembro, a Fifa começou a
avaliar as candidaturas de diferentes países que queriam sediar o evento. Em
tese, o dossiê brasileiro poderia levar vantagens diante do fato de já contar
com todos os estádios prontos. Mas a corrida conta com as candidaturas de Japão
e Emirados Árabes Unidos, ambos com amplo apoio de seus governos.
No caso do Brasil, Del Nero
declarou que não foram apresentadas as garantias que a Fifa queria. Já em
setembro o governo rejeitou que tenha se negado a apoiar, alegando que “jamais”
havia sido procurado pela cúpula da entidade para tratar do assunto.
Ao final da Copa do Mundo, em
julho, a CBF e o governo já haviam se distanciado e a presidente Dilma Rousseff
chegou a ignorar os cartolas brasileiros e criticar abertamente a gestão do
futebol brasileiro. Antes da eleição presidencial, em agosto, o presidente da
CBF, José Maria Marin, deixou claro que não votaria por Dilma. “Não da”,
declarou.
O projeto da CBF de receber o
Mundial de Clubes havia sido lançado em março, como uma forma de justificar os
gastos com os estádios e mostrar que eles poderiam ser usados para outro grande
evento. Para 2019, a Copa América está garantida no País, o que significaria a
realização de três anos seguidos de eventos nos palcos da Copa.
Estadão Conteúdo
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