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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Produtores do RN querem retomar produção de castanhas em 2015

Devido à escassez de chuvas, produção de caju caiu quase 50% no ano passado 
Foto: Fred Veras/Sebrae
Plantações a perder de vista por praticamente todo o Rio Grande do Norte, principalmente, nas regiões Oeste, Alto Oeste, Seridó e Zona da Mata. Assim era o cultivo de cajueiro para obtenção da castanha. Mas o forte período de estiagem mudou a paisagem e a cajucultura potiguar não conseguiu segurar o ritmo de produção nos pomares devido à escassez de chuvas. Apesar de figurar entre os principais produtos da pauta de exportação do Rio Grande do Norte, a castanha de caju apresentou um declínio nas exportações da ordem de 15,6% no ano passado devido à seca.

Em 2014, o setor negociou no comércio exterior cerca de 20 milhões de dólares, relativos à produção de milhares de toneladas de amêndoas, ficando em segundo lugar entre os itens mais exportados. Os produtores, no entanto, não se deixam abater e estão otimistas. Com novas técnicas de manejo e melhoramento produtivo, eles esperam que o ano seja decisivo para reerguer essa cadeia produtiva. 

De acordo com estimativas da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a produção de castanhas vem sofrendo um declínio gradativo. Somente no ano passado, houve uma redução de quase 50% na produção das amêndoas. “Nos anos de inverno regular, a produção do Rio Grande do Norte ultrapassava as 50 mil toneladas”, ressalta o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Emparn, Simplício Holanda.

Segundo o técnico, no ano passado os números de produção de castanha no estado não ultrapassaram as 25 mil toneladas. “Para 2015, os esforços são para chegarmos ao número de 35 mil toneladas, mas para isso, além da chuva, é preciso recuperar cerca de metade da plantação”, estima. As intervenções têm se concentrado na recuperação de pomares, como no caso de um projeto piloto desenvolvido em Apodi.

Atualmente, a maior parte das plantações de cajueiros encontra-se em Serra do Mel, município localizado a 240 quilômetros da capital. Para auxiliar os cajucultores a enfrentarem a estiagem prolongada e garantirem a sustentabilidade de seus negócios, o Sebrae no Rio Grande do Norte, dentro do projeto de Cajucultura, tem orientado os pequenos produtores a melhorar a gestão dos negócios e a implementar novas tecnologias no manejo da cultura. “Também fazemos o acompanhamento dos produtores junto à indústria de processamento para dinamizar essa cadeia produtiva”, explica o gestor do projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho.

Os produtores de caju estão buscando alternativas para manter a sustentabilidade de seus negócios, enquanto a chuva não vem. É o que acontece com a Cooperativa dos Beneficiadores Artesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (Coopercaju), localizada em Serra do Mel. “Com o apoio do  Sebrae, a associação passou a fazer parte do Comitê de Cajucultura do Estado e afiliou-se a Central de Cooperativas de Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Cooafarn). “Além da assessoria técnica do Sebrae, fazer parte do comitê e da central trouxe mais alternativas para os nossos associados”, comenta a assessora técnica da Coopercaju, Terezinha Oliveira.


Água tem sido a maior necessidade para os associados da cooperativa de Serra do Mel, que nesse primeiro trimestre de 2015 está com apenas 10% dos 101 associados conseguindo produzir. “Nos anos com chuva regular a cooperativa faturava quase R$ 2 milhões, em 2014 esse número não passou de R$ 300 mil. Esse ano é decisivo para salvação da cajucultura, por isso vamos marcar audiência com o governador pedindo implantação de medidas emergenciais, como já acontece em outros setores e um plano de ação para perfuração de poços em nossa região”.

G1 RN

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