Cerca de 750 milhões de pessoas no mundo vivem
sem acesso à água potável, o que resulta na morte de mais de 500 mil crianças
por ano, informa comunicado divulgado nesta quarta-feira (18) pela organização
Plan Internacional.
Por ocasião do Dia Mundial da Água, que será
comemorado domingo (22), a organização não governamental (ONG) de proteção aos
direitos da infância lembrou que o recolhimento de água é um trabalho de
mulheres e, sobretudo, de crianças, na maioria dos países em desenvolvimento da
África, Ásia e América.
A falta de água de qualidade e potável
"agrava a pobreza dos países em desenvolvimento" e causa
"subnutrição e morte", comenta.
"Uma criança morre por minuto devido à
falta de acesso à água limpa", destaca o comunicado.
No ano passado, a Plan Internacional investiu
mais de 42 milhões de euros em projetos de água e saneamento e na melhoria de
instalações sanitárias de mais de 800 mil famílias.
"Embora a meta fixada pelos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), de 89% de cobertura de água potável em nível
mundial, tenha sido alcançada em 2012, ainda há 45 países que não conseguiram
chegar a esse objetivo e não deverão atingí-lo até 2026", de acordo com os
cálculos da ONG.
A diretora-geral da Plan Internacional na
Espanha, Concha Lopez, garantiu que "o acesso à água potável em uma
comunidade melhora de forma decisiva aspectos como a educação e a igualdade de
gênero".
Lopez acrescentou que ter um ponto de água
próximo de casa "melhora os índices de presença na escola e contribui para
o cumprimento de outro ODM: garantir a educação primária universal".
Os programas dessa organização estendem-se a
projetos contra doenças como a malária ou a cólera em vários países, como a
região de Kayes, no Mali, onde uma de suas iniciativas, financiada pela União
Europeia, contribui atualmente para a distribuição de água de qualidade a cerca
de 20 mil pessoas.
Agência Brasil
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