A Samsung quer voltar a ser a principal
porta-bandeira do Android depois de um ano de resultados comerciais ruins com o
Galaxy S5. E os dois S6, o Edge e o S6 tradicional, lançados neste domingo, 1º
de março, mostram que a empresa pode ter retomado um caminho positivo.
Começando pelo cuidado com design em todas as
esferas do produto, algo que sempre foi o ponto fraco da Samsung. A utilização
de acabamento metálico passa uma impressão melhor do que o plástico que a
companhia sempre utilizou em seus aparelhos.
Isso não vem sem problemas, porém. A coreana
era um dos últimos bastiões das empresas de tecnologia que permitia a remoção
de bateria e o uso de cartão microSD para ampliar o armazenamento do aparelho.
Não mais. Com o corpo metálico, a companhia seguiu essa tendência de restringir
as opções do usuário.
Apesar do uso dos metais, a empresa aposta em
uma traseira envidraçada com Gorilla Glass 4. O uso do material na parte
traseira é esteticamente problemático porque causa manchas de dedos e engordura
com facilidade, além de ser mais um ponto para quebra em caso de queda no chão.
Por outro lado, o uso do Gorilla Glass reduz a chance de riscos e também adere
bem à palma da mão, evitando escorregões acidentais.
Finalizando a discussão estética, falemos sobre
o S6 Edge. Você provavelmente está pensando: “para que servem os cantos curvos
do aparelho?”. E nem mesmo a Samsung sabe responder muito bem além de dizer que
“tem um visual legal”. Há alguns recursos específicos que usam a curvatura, mas
nada que faça valer a pena do ponto de vista de usabilidade.
Porém, o resultado realmente fica bonito ao ser
observado pessoalmente, passando uma impressão de uma tela mais ampla. Uma
dúvida frequente também é se estas laterais curvas não causam o pressionamento
involuntário da tela, afetando a experiência de uso. A resposta, pelo menos em
nossa experiência curta com o aparelho na mão é “não, o smartphone é mais
'smart' do que isso”.
Em nossos breves testes com ambos os aparelhos,
pudemos notar também uma TouchWiz mais refinada visualmente, com toques de
Material Design, a identidade visual do Android Lollipop.
Também não é possível detalhar o quanto a
renovação de interface afeta o desempenho, mas o fato é que tudo funcionou
muito rápido. Os aplicativos abriram de forma ágil, toda a navegação era fluida
e o destaque fica para a execução rápida do app de câmera, capaz de ser aberto
em menos de 1 segundo com um apertar duplo do botão Home.
Olhar Digital- UOL
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