Rodízio.
Essa é a versão oficial para a exoneração da agente penitenciária Dinorá Simas
da direção da Penitenciária Alcaçuz, o maior presídio estadual do Rio Grande do
Norte. Porém, é certo que a pressão dos apenados desde as rebeliões de março e
as fugas em massa agora em abril, obrigou o governo mudar o comando da
penitenciária.
A
decisão do governador Robinson Faria (PSD) está publicada no Diário Oficial do
Estado desta quinta-feira (23). Para o lugar de Dinorá foi escolhido Eider
Pereira de Brito, atual diretor do presídio provisório Raimundo Nonato
Fernandes. Ela vai para o cargo que era de Eider.
O
movimento estaria sendo comando pelo PCC, facção criminosa que atua em todo o
País.
No
momento das rebeliões, o governador Robinson pediu ajuda ao Governo Federal que
enviou a Força Nacional. Serviu para acalmar, mas não resolveu o problema.
Robinson mandou recado para os grupos organizados afirmando que não iria
negociar com bandidos, deixando claro que não exoneraria a diretora da Alcaçuz.
Os
grupos criminosos decidiram sequenciar o plano, promovendo fugas em março. Em
15 dias do mês de abril, mais de 60 presos escaparam da Penitenciária Alcaçuz,
mostrando que o Estado havia perdido o controle e que o crime organizado estava
bem a frente. Mais uma vez, os grupos mandaram recado pedindo a “cabeça” de
Dinorá.
O
governo exonerou a diretora, mas garante que a mudança já estava prevista e que
faz parte do rodízio nas casas de detenção do Estado. Verdade ou não, o fato é
que aconteceu o que os apenados queriam.
Tribuna do Norte
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