Quarenta e oito das 63 universidades federais
do país têm a rotina afetada por greves que começaram a ser deflagradas na
quinta-feira (28), de acordo com dados dos sindicatos.
Balanço divulgado nesta sexta-feira (29) aponta
que o movimento atinge instituições de 26 estados, segundo o Sindicato Nacional
dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e a Federação dos
Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino
Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Do total de 48 universidades afetadas, em 15 há
greve conjunta de professores e técnico-administrativos. Em outras três
instituições, apenas os professores suspenderam as aulas.
Há ainda outras quatro instituições nas quais
os técnicos decidiram, em assembleia, começar a greve na próxima semana. (Veja
abaixo a situação das federais por estado)
Os servidores pedem reajuste salarial,
reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais. Ao longo
dos próximos dias, professores e servidores das demais universidades federais
devem fazer assembleias para decidir se participam ou não do movimento
nacional.
Data marcada
A data do início da greve havia sido anunciada
pelo Andes-SN, após decisão em 16 de maio. Os professores tentam pressionar o
governo federal a ampliar o repasse às universidades federais, apesar do corte
de R$ 9,42 bilhões no orçamento do MEC.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro,
disse nessa quinta-feira (28) que "as greves só fazem sentido quando
estiverem esgotados os canais de negociação" e rebateu a decisão de
professores e técnicos de universidades de entrarem em greve.
SITUAÇÃO NOS ESTADOS
Acre
Os técnicos e professores da Universidade
Federal do Acre (UFAC) decidiram em assembleia parar suas atividades.
Alagoas
Na Universidade Federal de Alagoas (Ufal),
tanto técnicos como professores aprovaram em assembleia a adesão ao movimento
nacional de greve.
Amazonas
Na Universidade Federal do Amazonas, os
funcionários técnicos decidiram aderir à paralisação por tempo indeterminado.
Amapá
Na Universidade Federal do Amapá (Unifap), os
professores decidiram suspender as aulas pedindo reajuste salarial e
reestruturação da carreira docente.
Bahia
Professores e servidores técnicos da
Universidade Federal da Bahia (UFBA) pararam suas atividades.
A UFBA sofre ainda com a paralisação, desde o
dia 13 de maio, de parte dos trabalhadores terceirizados dos setores de limpeza
e administrativo. Eles pedem o pagamento dos salários de fevereiro, março e
abril que ainda não foi feito pela empresa Líder Recursos Humanos, contratada
pela universidade.
Na Universidade Federal do Oeste da Bahia
(UFOB), os docentes decidiram em assembleia suspender as aulas por tempo
indeterminado.
Ceará
Em assembleia, os técnicos Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiram cruzar
os braços e aderir à greve nacional.
Distrito Federal
Os servidores da Universidade de Brasília (UnB)
estão com as atividades suspensas após a assembleia da categoria ter aprovado
greve.
Espírito Santo
Os servidores da Universidade Federal do
Espírito Santo (Ufes) aderiram à paralisação nacional. Já os professores da
Ufes marcaram assembleia para a próxima terça-feira (2) para decidir se entram
ou não em greve.
Goiás
Servidores técnico-administrativos da
Universidade Federal de Goiás (UFG) entraram em greve nessa quinta. Os
professores não aderiram ao movimento no estado.
Maranhão
Os servidores da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA) aprovaram, em assembleia, a greve por tempo indeterminado. Os
funcionários paralisam suas atividades no dia 3 de junho.
Mato Grosso
Professores e servidores da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) entraram em greve por tempo indeterminado. A
decisão foi tomada em assembleia. A UFMT tem cerca de 20 mil alunos e 1.800
professores.
Mato Grosso do Sul
Os funcionários técnicos da da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) decidiram aderir à greve nacional. Já os
professores farão uma assembleia no dia 10 de junho para decidir pela aprovação
ou não da greve.
Na Universidade Federal da Grande Doutados (UGDC), professores e
servidores aprovaram a greve por tempo indeterminado.
Minas Gerais
No estado de Minas Gerais, os funcionários da
Universidade Federal de Viçosa (UFV) entraram em greve nessa quinta-feira por
tempo indeterminado.
Também aderiram os técnicos administrativos da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Universidade Federal de Lavras
(Ufla-MG), da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(UFVJM).
Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP),
os funcionários acertaram em assembleia
iniciar a greve na próxima segunda-feira (1°).
Pará
Professores e servidores de três universidades
federais do Pará decidiram aderir à greve nacional.
Estão suspensas as aulas e as atividades dos
funcionários na Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do
Oeste do Pará (Ufopa) e na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Na Universidade Federal do Sul e Sudeste do
Pará (Unifesspa), os servidores decidiram em assembleia aderir à greve por
tempo indeterminado.
Paraíba
Os professores e os servidores da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Na Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), técnicos começaram nesta quinta a greve decidida em assembleia. Os
professores do campus de Patos também resolveram aderir à greve.
Paraná
No estado, estão em greve os funcionários da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana
(Unila).
Pernambuco
Os servidores da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
começaram a greve, por tempo indeterminado, nesta quinta-feira. Com o
movimento, os técnicos pretendem paralisar setores como administrativo,
secretarias e bibliotecas.
Já os professores da UFPE e da UFRPE decidiram
manter as aulas durante assembleia realizada na última segunda.
Piauí
Os servidores técnicos da Universidade Federal
do Piauí (UFPI) decidiram suspender as atividades durante tempo indeterminado.
Os funcionários pedem reajuste salarial.
Rio de Janeiro
Professores e técnicos-administrativos da
Universidade Federal Fluminense (UFF) estão em greve desde quinta-feira (28).
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e na Unirio,
apenas os funcionários decidiram entrar em greve.
Rio Grande do Norte
Os docentes e os funcionários da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) estão em greve por tempo indeterminado.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), os servidores entraram em greve. Os professores, no entanto, continuam
a dar aulas.
Rondônia
Professores e servidores da Universidade
Federal de Rondônia (Unir) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Rio Grande do Sul
Os servidores técnicos de cinco das seis
universidade federais do estado resolveram parar suas atividades por tempo
indeterminado.
Estão em greve, os funcionários da Universidade
Federal do Rio Grande (Furg), da Universidade Federal de Ciências de Saúde de
Porto Alegre (UFCSPA), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM).
Santa Catarina
Os técnicos da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) aprovaram, em assembleia, iniciar a greve na próxima
segunda-feira (1°).
São Paulo
Os servidores técnico-administrativos da
Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Universidade Federal de São Carlos
(UFscar) estão em greve por tempo indeterminado.
Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
a decisão dos funcionários foi de paralisar as atividades a partir de
segunda-feira (1°).
Sergipe
Professores e funcionários da Universidade
Federal de Sergipe (Sintufs) decidiram paralisar suas atividades por tempo
indeterminado.
Tocantins
Os professores e funcionários da Universidade
Federal do Tocantins (UFT) aprovaram em assembleia a greve das categorias. Cerca
de 20 mil estudantes estão sem aulas.
G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente