Esta é a terceira vez em oito meses que a
Anatel registra movimento de queda no comparativo mensal. Em outubro, o número
de acesos tinha caído para 4,62 milhões ante 4,63 em setembro, e em novembro
para 4,61 milhões. Depois disso foi subindo até cair novamente em abril.
Os dados da Anatel mostram que houve um
crescimento acelerado da telefonia móvel no Rio Grande do Norte entre 2011 e
2012, quando os pontos de acesso passaram de 3,24 milhões para 4,24 milhões
(30,9%). Nos anos seguintes o crescimento ficou na média de 3,55 levando em
conta os meses de abril.
O balanço sobre teledensidade da telefonia
móvel mostra que no Nordeste somente dois estados conseguiram aumentar a
clientela. Foram Alagoas, com 8,702 novas linhas e Sergipe, com 900. Na Bahia
foram desativados 36.079 pontos de acesso, ou 0,19% do universo de usuários. No
conjunto, a telefonia móvel perdeu 84.453 linhas no Nordeste, cuja teledensidade
caiu de 127.18 para 126,96.
Por questões de mercado, nem Anatel nem as
operadoras divulgam a base de clientes por Estados. No plano nacional, o Brasil
fechou abril com 283,5 milhões de acessos, leve aumento em relação a março,
quando havia 283,4 milhões de linhas em operação.
A modalidade pré-paga continua representando
mais de três quartos das linhas, com 213,46 milhões de acessos habilitados, ou
75,29% do total. Já as contas pós-pagas somam 70,06 milhões, ou os 24,71%
restantes.
A Telefônica/Vivo se manteve na liderança do
mercado brasileiro em abril, passando de 81,879 milhões de linhas em março para
82,787 milhões no mês passado. Com isso, a companhia ampliou sua vantagem sobre
a TIM, cujo número de chips ativos caiu de 75,749 milhões para 75,480 milhões
de um mês para o outro.
A Claro também registrou queda no número de
clientes em abril, passando de 71,941 milhões para 71,585 milhões. Abril também
foi um mês de recuo para a base de clientes da Oi, que passou de 50,388 milhões
para 50,116 milhões.
Qualidade
Com base no resultado de levantamento sobre os
planos de melhoria das operadoras de telefonia celular, a Anatel determinou que
Claro, Oi, Tim e Vivo, além de CTBC, Nextel e Sercomtel, melhorem seus
indicadores de qualidade de rede em todos os municípios brasileiros. O
levantamento foi feito ao longo de dois anos e, segundo a Anatel, nenhuma das
operadoras cumpriu totalmente as metas prometidas em 2012.
“A agência concluiu que houve cumprimento
parcial dos compromissos assumidos nos planos de melhoria e determinou a
instauração de procedimentos de apuração de descumprimento de obrigações, que
podem resultar em penalidades para as prestadoras”, informou a Anatel. Os
indicadores de qualidade de rede foram acompanhados pela agência reguladora nas
27 unidades da federação, em suas capitais e nos municípios acima de 300 mil
habitantes.
A Anatel estabeleceu prazos, em despachos
decisórios publicados no Diário Oficial da União do final de abril, para que os
resultados dos indicadores de acesso às redes de voz e de dados sejam
superiores a 85% e os de queda de voz e de dados, inferiores a 5%. Os
percentuais valem para todos os municípios onde pelo menos um deles esteja fora
dos parâmetros estabelecidos. Em 329 municípios atendidos por apenas uma
operadora, o prazo é de até seis meses. Em 247 com duas operadoras, até nove
meses. Nos demais municípios atendidos por mais operadoras, 15 meses.
Os planos de melhoria foram apresentados pelas
operadoras após a Anatel suspender, em julho de 2012, a venda de chips da
Claro, Oi e TIM em vários estados, quando houve número expressivo de
reclamações dos clientes.
Tribuna do Norte
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