Uma das tecnologias com maior
potencial do Século 21, o QR Code ou Código QR – código de barras em 2D que
pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera
fotográfica – vai ser utilizada pela Justiça Eleitoral nas eleições de 2016 para
facilitar o acesso de qualquer cidadão às informações contidas nos Boletins de
Urna (BU), que são impressos após o encerramento da votação e afixados em
quadros de aviso nas seções eleitorais. A alteração não terá custos para a
Justiça Eleitoral, já que o uso do Código QR é livre de qualquer licença.
Com a utilização do código de
acesso rápido, eleitores e fiscais de partidos políticos poderão, de forma
rápida, segura e simplificada, escanaear e armazenar os dados em seus
dispositivos móveis (smartphones ou tablets). Como os dados do boletim são
cifrados, com a identificação numérica de candidatos, partidos e municípios, um
aplicativo da Justiça Eleitoral vai ser desenvolvido para permitir a
decodificação, facilitando o entendimento das informações. O Código QR permite
o armazenamento de uma quantidade significativa de caracteres e o que será
utilizado pelo TSE é o alfanumérico, com nível máximo de compressão de dados.
Este será um dos novos
aplicativos para sistemas operacionais iOS e Android, entre vários que serão
oferecidos pela Justiça Eleitoral para as eleições de 2016. Atualmente é
possível baixar aplicativos que permitem consultar informações sobre
candidatos, pesquisar locais de votação e pontos de entrega da justificativa
eleitoral, além de acompanhar, em tempo real, a apuração dos votos. A inclusão
do Código QR nos Boletins de Urna foi aprovada pelo Grupo de Trabalho (GT) do
Ecossistema da Urna Eletrônica, que se reuniu na sede do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) nos dias 18 e 19 deste mês. O aplicado será desenvolvido pelo
TRE do Acre em parceria com o Grupo de Trabalho (GT) Mobile.
Mais transparência e segurança
Para o secretário de
Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, a utilização do Código QR vai
permitir ao eleitor realizar sua própria auditoria após o encerramento da
votação e a impressão do Boletim de Urna. O BU já é disponibilizado na internet
após o resultado da eleição, o que permite conferir se a informação fornecida
pela seção eleitoral é a mesma consolidada na totalização do resultado pelo
TSE. Mas, agora, com o recurso do Código QR, o eleitor poderá usar seu smartphone ou tablet para
fazer a leitura do código que estará estampado no relatório. Segundo Janino, o
aplicativo vai gravar as informações e a checagem se tornará mais rápida e
precisa. “A Justiça Eleitoral tem o compromisso junto aos cidadãos de promover
um processo cada vez mais seguro e transparente. Segurança e transparência são
nossos dois pilares básicos e o compromisso da Justiça Eleitoral é investir cada
vez nesse binômio”, afirmou. Janino ressaltou que não haverá qualquer custo
para a Justiça Eleitoral e para o eleitor: o uso do Código QR é livre e o
aplicativo oferecido pelo TSE será gratuito.
O coordenador de sistemas
eleitorais do TSE, José Melo Cruz, lembrou que o Código QR foi utilizado
internamente pela Justiça Eleitoral em 2014, no processo de carregamento de
informações na urna eletrônica. Por isso, sua inclusão no Boletim de Urna foi
uma consequência natural do processo de aperfeiçoamento tecnológico. “A Justiça Eleitoral não dá saltos, ela vai
seguindo num processo constante de evolução, buscando cada vez mais
transparência e segurança, com todo o respaldo técnico das nossas equipes”,
disse. O coordenador do GT Ecossistema da Urna, Rodrigo Coimbra, ressaltou a
importância da utilização da nova tecnologia. “O cidadão vai ganhar um
mecanismo simples e rápido de verificação do boletim da urna e vai poder
comparar, com muito mais segurança e tranquilidade, se o resultado de uma seção
corresponde àquele que foi recebido pelo TSE”, disse.
Integrante do GT Ecossistema
da Urna – formado por servidores de 10 TREs – o secretário de TI do TRE de
Sergipe, José Peixoto, lembrou que o aplicativo a ser desenvolvido pela Justiça
Eleitoral ficará disponível no portal do TSE e dos TREs para que qualquer
pessoa possa baixar. “É a Justiça Eleitoral colocando cada vez mais recursos à
disposição da sociedade”, ressaltou Peixoto, acrescentado que, com base nos
parâmetros de decodificação estabelecidos pelo TSE, outros aplicativos poderão
ser desenvolvidos de forma independente. Rosana Magalhães, secretária de TI do
TRE do Acre, afirmou que sua equipe já está com parte do projeto formatado e
agora ela levará as novas especificações definidas na reunião para dar prioridade
total ao desenvolvimento do aplicativo. “Nosso objetivo é interagir com o grupo
de Mobile do TSE de forma que a gente consiga também manter o padrão dos
aplicativos na Justiça Eleitoral”, enfatizou.
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