Basta uma assinatura da nova direção da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) para a instalação de um centro
de cargas da estatal no Aeroporto de Aluízio Alves se confirmar. O projeto está
na vice-presidência de Logística, com os estudos concluídos e passa apenas por
ajustes, segundo o diretor regional da empresa no Rio Grande do Norte, José Alberto
Brito. A perspectiva é que o armazém de 13 mil metros quadrados já esteja
operando no segundo semestre de 2016.
Este será o quarto Centro de Tratamento
Internacional (CTI) em todo o país. Atualmente, de acordo com o diretor, os
armazéns da empresa em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba são responsáveis
pela distribuição de cargas no Brasil inteiro. O objetivo do investimento é que
o equipamento novo possa desconcentrar a atividade e servir para a distribuição
de cargas nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste do país. Quando estiver em
operação total, o espaço terá capacidade para armazenar 40 mil encomendas por
dia. Somente para fiscalizar toda a demanda, a Receita Federal precisará de
mais de 25 fiscais, de acordo com Brito.
“Como existe uma grande concentração de carga,
o que é que foi analisado? Que teria que ter um armazém fora daquele eixo”,
explicou. “Ao invés das encomendas chegarem lá e subirem para o Norte/
Nordeste, elas entram por aqui, mais próximo dos Estados Unidos e Europa. A gente
tem toda a estrutura no Aeroporto de São Gonçalo. Por exemplo: é o único
aeroporto do Brasil que opera o A380 que é o maior cargueiro do mundo”,
explicou.
Brito ainda detalhou que o dono da empresa
chinesa AliExpress manifestou interesse em ter um armazém fora do eixo Sul/
Sudeste devido à saturação. O projeto veio ao encontro da proposta dos
Correios. Somente esta empresa poderá desembarcar dez mil encomendas por dia em
Natal, sem a perda em nada, nos outros centros.
O valor do investimento não foi divulgado. Isso
porque a construção deverá ser de responsabilidade da Inframérica, à qual os
Correios irão alugar a estrutura. A estimativa do diretor é que o centro gere
100 empregos diretos somente no armazém, sendo que a mão de obra também será de
responsabilidade da empresa administradora do terminal. Os coordenadores são
dos próprios Correios. “Isso é definitivo. Uma vez esse armazém instalado aqui,
não teria volta”, pontua José Alberto. Na visão dele, as cargas que chegarão
aqui, com destino ao Centro Oeste, Norte e Nordeste viabilizariam o armazém em
Natal.
Ainda segundo o diretor dos Correios, o novo centro pode tornar o Estado um grande exportador. “Nós estamos com uma oportunidade de câmbio boa e teremos uma oportunidade de transporte mais barato”, avalia. Ele explica que, quando um avião pousar no aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o custo operacional já estará praticamente pago. Então a aeronave que voltar para a Europa, para os EUA, ou para a Ásia, saindo RN, terá um custo mais barato para levar produtos daqui. “Seremos um vetor, um estímulo à exportação no Rio Grande do Norte. É possível fazer do RN um grande exportador”, defendeu.
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