Imagem divulgada por volta das 8h desta terça mostra uma nova imagem de Plutão. A foto foi capturada pela New Horizons nesta segunda-feira (13), 16 horas antes da aproximação.
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A sonda espacial New Horizons finalmente chegou
ao ponto mais próximo de Plutão na manhã desta terça-feira (14), de acordo com
a agência espacial americana (Nasa), responsável pela missão.
Depois de viajar por nove anos e quase 5
bilhões de quilômetros (que é a distância entre Plutão e a Terra), o
equipamento conseguiu ficar a 12.500 km do planeta anão – o ponto mais próximo
que o equipamento conseguiria alcançar.
Cientistas presentes na sede da Nasa
comemoraram no momento em que a contagem regressiva acabou. A maioria vibrava e
balançava pequenas bandeiras dos EUA.
O astrônomo Cássio Barbosa, blogueiro do G1,
explica que nenhum dado deve ser transmitido nesta manhã, já que a New Horizons
precisa estar silenciosa para captar o máximo de informações sobre Plutão e sua
maior lua, Caronte.
Segundo ele, só por volta das 22h desta terça é
que a sonda "deve ligar para casa". "Vai ser uma breve
comunicação da situação da nave, literalmente para dizer que a nave está viva,
que ela sobreviveu à passagem tão próxima de Plutão e Caronte", explicou
Barbosa em post do blog "Observatório".
A informação foi confirmada pelo chefe da
missão New Horizons, Alan Stern. "Fique ligado. Por volta das 21h [22h,
hora de Brasília] vamos saber se ela [a sonda] sobreviveu ao sistema de Plutão.
Mas é sempre bom um pequeno drama, já que é uma exploração verdadeira”, disse
ele, que agradeceu a ajuda de sua equipe em uma coletiva de imprensa.
O motivo da preocupação é que na região há
muitos meteoroides e destroços da formação do Sistema de luas de Plutão. Essas
"pedras no caminho" podem colidir com a sonda e destruí-la. Segundo a
Nasa, a chance de impacto é de 1 em 10 mil, considerada alta.
As informações principais, incluindo fotos de
altíssima resolução, serão enviadas na quarta-feira (15), durante uma
transmissão de dados mais longa.
Trajetória
A sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos,
a bordo do foguete Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse
planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.
Desde então, a sonda ficou adormecida e viajou
pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.
Sete instrumentos que estão a bordo da sonda
vão captar essas imagens, que serão transmitidas para a Terra. O tempo de
transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro
horas e meia.
A New Horizons viaja pelo espaço carregando as
cinzas do cientista Clyde Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930, além de
outros itens, como duas bandeiras americanas.
Nesta segunda (13), os cientistas divulgaram
que o planeta anão é maior do que se previa. Plutão, antes considerado o nono e
mais distante planeta do Sistema Solar, tem um diâmetro de cerca de 2.370
quilômetros, cerca de 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Agora ele é oficialmente maior do que Eris, um
dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que
circulam o Cinturão de Kuiper.
Segundo a agência Reuters, ser um pouco maior
significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos
de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a
história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.
G1
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