Em vídeo espalhado nas redes sociais, presos do
pavilhão 3 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no município de Nísia
Floresta, ameaçam de realizar uma nova rebelião na unidade prisional.
As imagens foram feitas após uma inspeção do
Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), agentes penitenciários, e
Grupo de Operações Especiais (GOE) nesta quinta-feira (2).
Os detentos mostram imagens das munições utilizadas
durante a revista e em seguida de possíveis ferimentos. “Eles ficaram jogando
bomba e balas de borracha por trás da gente”, afirmou um dos apenados no vídeo.
Durante a exibição, eles fizeram diversas ameaças alegando fazer uma nova
rebelião caso as providências não fossem tomadas.
Procurada pela equipe do Portal no Ar, a
Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc) negou qualquer resquício de
rebelião na unidade prisional e que as revistas acontecem rotineiramente nos
quatro pavilhões de Alcaçuz. Durante a inspeção realizada nesta quinta, alguns
presos ficaram insatisfeitos com a presença da equipe.
Estas atividades de inspeção promovidas pela
nova diretoria ajudou a encontrar novos túneis e evitar fugas dos presos de
Nísia Floresta.
Atualmente, a unidade prisional está passando
por uma reforma e já foi entregue o pavilhão 4 da unidade. O pavilhão 2, local
onde aconteceu a última rebelião, está passando por uma reestruturação,
promovida pela Secretaria do Estado da Infraestrutura (SIN).
No dia 6 de abril, 32 apenados fugiram do
Pavilhão 2. Hoje, a unidade conta com cerca de 1000 apenados nos pavilhões. A
fuga foi facilitada devido as celas danificadas, resultado da rebelião
realizada no mês de março. Antes das duas fugas acontecerem, o Pavilhão 2 tinha
250 apenados.
Após duas semanas, no dia 22 de abril, mais 35
presidiários escaparam no mesmo pavilhão. Os fugitivos utilizaram um túnel que
foi escavado bem próximo ao utilizado na primeira fuga.
As fugas de abril fizeram com que a Sejuc,
através da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), promovesse
mudanças na direção de Alcaçuz. A então diretora Dinorá Simas foi transferida
para a Penitenciária Raimundo Nonato, em Natal.
O diretor da unidade prisional da zona Norte da
capital potiguar, Eider Brito, por sua vez, começou a comandar Alcaçuz. Em
entrevista ao portalnoar.com, no dia 23 de abril, o titular da Coape, Durval
Oliveira, afirmou que a troca dos diretores faz parte da política do Governo do
Estado de realizar uma rotatividade na direção dos presídios do Rio Grande do
Norte.
Portal no Ar
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