Além de tentar chegar aos
assassinos, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte também trabalha para
descobrir por quais razões sete pessoas foram executadas a tiros na última
quarta-feira (12) no interior do estado. Em Tibau, no Oeste potiguar, a chacina
terminou com quatro mortos. Já em Serra Caiada, na região Agreste, três pessoas
foram assassinadas e duas ficaram feridas. Em ambos os crimes, os delegados
responsáveis pelos casos dizem que são poucas as pistas, já que boa parte das
testemunhas deve ser ouvida somente no início da próxima semana.
“Estamos intimando algumas
pessoas para que compareçam à delegacia na segunda-feira (17). Devemos ouvir
umas cinco ou seis pessoas ainda”, afirmou ao G1 o delegado Anderson Tebaldi,
responsável pelo caso de Serra Caiada.
Ainda de acordo com o
delegado, também estão previstas para a próxima semana o resultados de perícias
que podem apontar os calibres das armas usadas nas mortes e a análise de
algumas imagens gravadas por câmeras de vigilância de residências e
estabelecimentos comerciais próximos ao local do crime. As imagens, segundo
Tebaldi, podem ajudar na identificação do veículo usado na fuga e até mesmo dos
próprios assassinos.
Quanto à chacina de Tibau, a
delegada revelou que também vai ouvir testemunhas a partir da segunda-feira.
“Em respeito aos familiares, que precisaram velar e sepultar os mortos, deixei
para ouvi-los somente no começo da semana”, confirmou Cristiane Magalhães.
A delegada contou que também
buscou a ajuda de vizinhos e do comércio local, mas nenhum imóvel próximo à
residência onde aconteceu a chacina possui câmera de vigilância. “Infelizmente
não conseguimos nenhuma câmera pela redondeza”, acrescentou.
Sobre a motivação da matança,
Cristiane ressaltou que ainda é cedo para qualquer conclusão, apesar de
acreditar que duas das quatro vítimas tenham sido executadas porque estavam na
hora errada no local errado. “Entre as vítimas estão pai e filho. O pai teve um
outro filho morto recentemente em confronto com a PM na cidade de Mossoró
(lembre aqui o caso). Já o filho, o que foi morto agora na chacina, já havia
sido preso por porte ilegal de arma de fogo. Ou seja, são pessoas que já
tiveram problemas com a polícia. Quanto aos outros dois mortos, que são um
pedreiro e um servente de obras, estes não tinham histórico de envolvimento com
crimes”, pontuou.
As chacinas
A primeira chacina aconteceu
por volta das 20h no bairro da Saudade, em Serra Caiada. Três jovens estavam
conversando na frente de uma residência quando foram surpreendidos por dois
homens que chegaram em um veículo preto e sem placas. "Os criminosos
mandaram as vítimas colocarem as mãos na parede e começaram a atirar",
afirmou o delegado.
Morreram no local Samuel Rocha
Guedes, de 20 anos, e Valdécio Gomes de Sousa, de 28 anos. A terceira vítima,
identificada como Fabrício Silvestre da Silva, de 16 anos, ainda foi socorrido
ao hospital da cidade, mas não resistiu. Um quarto rapaz conseguiu se esconder
em uma casa e não foi atingido. Ainda de acordo com a PM, as vítimas tinham
envolvimento com drogas. Uma mulher e o marido dela, que estavam na calçada
vizinha, foram baleados. "A mulher foi atingida na barriga. A bala foi
retirada e ela passa bem. O marido foi atingido de raspão no braço e ele também
está bem", informou o sargento.
Já em Tibau, a chacina
aconteceu por volta das 22h. As vítimas estavam em uma casa na rua Erivaldo
Clementino de Souza. Foram mortos Rudson Carlos Araújo, de 40 anos, o filho dele,
Rudson Carlos Araújo Filho, de 18 anos, o pedreiro Ivanaldo dos Santos Duarte,
de 45 anos, e o servente de obra Raimundo Edvan Pereira, de 51 anos. Uma mulher
e duas crianças que também estavam na residência presenciaram o crime.
G1 RN
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