O Ministério da Fazenda
informou nesta sexta-feira (21) que está propondo o pagamento do adiantamento
da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas em duas
parcelas, sendo a primeira delas na folha de setembro e a outra na folha de
outubro. A proposta da equipe econômica ainda será encaminhada à presidente
Dilma Rousseff.
A folha de setembro é paga no
final de setembro e início de outubro. Já a de outubro é paga no fim daquele
mês e início de novembro. O 13º engloba 28,2 milhões de benefícios.
Neste ano, devido ao fraco
ritmo de atividade na economia, com queda da arrecadação, o governo não
conseguiu realizar a antecipação da primeira parcela do 13º salário dos
aposentados e pensionistas na folha de agosto, que é paga no fim deste mês e
início de setembro. Com isso, rompeu uma tradição que ocorria desde 2006.
O Sindicato Nacional dos
Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) entrou com uma
ação, nesta semana, pedindo que o governo federal seja obrigado a antecipar o
pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados que recebem do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo Tonia Galleti,
coordenadora do departamento jurídico do sindicato e responsável pela
argumentação da tese, "o Estado, ao não antecipar a metade do 13º salário,
desencadeou problemas na vida dos aposentados e pensionistas, que estão
afetando suas condições mínimas de sobrevivência".
"O governo antecipa desde
2006 esse pagamento. Uma antecipação que ocorre desde 2006 sugere uma
expectativa de direito que vem sendo ratificada todos os anos. A quantidade de
aposentados que negociam esses valores junto a bancos é enorme. Com essa notícia,
não parou o telefone do sindicato dos aposentados desesperados", disse
Galleti.
Em 2014, 27,3 milhões de
benefícios foram contemplados em todo o Brasil com a antecipação da primeira
parcela do 13º. No ano passado, houve uma injeção extra na economia de R$ 13,6
bilhões nos meses de agosto e setembro com esses pagamentos.
Na primeira parcela do 13º dos
aposentados, não há desconto de Imposto de Renda (IR). De acordo com a
legislação, o IR sobre o 13º só é cobrado em novembro e dezembro, quando é paga
a segunda parcela da gratificação natalina.
Neste ano, a estimativa do
Ministério da Fazenda é que o impacto seja de cerca de R$ 15,9 bilhões. Deste
modo, se a proposta do Ministério da Fazenda for aceita pela presidente da
República, seriam pagos cerca de R$ 7,95 bilhões no fim de setembro e início de
outubro e o restante, também de aproximadamente R$ 7,95 bilhões, no final de
outubro e início de novembro. Por lei, a primeira parcela tem de ser paga até
30 de novembro de cada ano
G1
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