O líder do PMDB na Câmara,
Leonardo Picciani. Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
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A presidente Dilma Rousseff
fechou nesta quinta-feira os ministérios reservados ao PMDB na reforma
administrativa que será anunciada amanhã. O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI)
vai para o Ministério da Saúde, e o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), para o
Ministério da Ciência e Tecnologia. A decisão foi informada ao líder do PMDB na
Câmara, Leonardo Picciani, após reunião com Dilma. As duas pastas são da cota
da bancada do PMDB na Câmara. Hélder Barbalho, atual ministro da Pesca, vai
para Portos. O ministro Eliseu Padilha continuará na Aviação Civil, Kátia
Abreu, na Agricultura, Henrique Alves, no Turismo, e Eduardo Braga se mantém no
Ministério de Minas e Energia.
O ministro Miguel Rossetto
(Secretaria Geral), por sua vez, assumirá o Ministério do Trabalho e
Previdência.O atual ministro Carlos Gabas (Previdência) será secretário
nacional dessa área e o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
José Feijóo, secretário nacional do Trabalho. Atualmente Feijóo é assessor
especial de Rossetto. A presidente Dilma desistiu de fundir o Ministério do
Desenvolvimento Social nessa estrutura.
Reforma ministerial
No fim da tarde de hoje, Dilma
chamou ao seu gabinete no o ministro Eliseu Padilha para fazer um último apelo
para que ele aceitasse ser transferido para a Ciência e Tecnologia, liberando
sua atual pasta para a bancada do PMDB na Câmara. Padilha não aceitou a oferta,
e Dilma definiu então mantê-lo onde está.
Durante a tarde, Dilma
conversou com o vice Michel Temer. A presidente disse que faria a proposta a
Padilha e que se não prosperasse, pediria, então, ao líder do PMDB na Câmara,
Leonardo Picciani, o nome de um deputado para a Ciência e Tecnologia.
Após receber Padilha, a
presidente se reuniu com Picciani, que foi ao Planalto acompanhado dos
deputados Celso Pansera (PMDB-RJ) e Marcelo Castro (PMDB-PI).
A presidente também recebeu em
seu gabinete à noite o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o líder da bancada na
Câmara, André Figueiredo (CE), para oficializar o convite para que o
parlamentar assuma o Ministério das Comunicações. Com isso, o PDT deixa o
Ministério do Trabalho, que vinha sendo conduzido por Manoel Dias, que deixa a
Esplanada. O Ministério do Trabalho se fundirá com Previdência e
Desenvolvimento Social.
O anúncio da reforma
ministerial está marcado para esta sexta-feira às 10h30, no Palácio do
Planalto. A própria presidente fará o anúncio com todos os ministros envolvidos
presentes.
LÍDERES DISCUTEM POR
MINISTÉRIO
Mais cedo, Picciani e o líder
do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), entraram em confronto direto sobre os
ministérios reservados ao partido. Eunício disse nesta quinta-feira que a pasta
dos Portos foi oferecida pela presidente ao atual ministro da Pesca, Helder
Barbalho desde a semana passada. Em resposta, Picciani (RJ) afirmou que a
presidente prometeu à bancada de deputados os ministérios da Saúde e de Portos.
Picciani disse que as divergências são uma tentativa de “tumultuar” a reforma
ministerial. O impasse foi resolvido por pressão do grupo ligado ao
vice-presidente que conseguiu indicar Hélder Barbalho para a vaga.
O Globo
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