A Organização Mundial da Saúde
(OMS) disse nesta sexta-feira que, apesar de um crescente “acúmulo de
evidências”, a relação entre o vírus zika e a microcefalia ainda pode levar de
quatro a seis meses para ser comprovada, segundo informações da Reuters. No dia
12, a vice-diretora da OMS, Marie-Paule Kieny, estimou que a comprovação da
relação causal entre as doenças e o zika deveria ser comprovada em algumas
semanas.
Ainda de acordo com a agência
de notícias, a OMS realizará uma reunião com pesquisadores entre os dias 7 e 9
de março. O encontro terá foco no diagnóstico do vírus zika e desenvolvimento
de vacinas para a doença.
No início de fevereiro, a
entidade já havia classificado o surto do vírus como uma emergência
internacional de saúde pública, dando ênfase à “forte suspeita” de ligação
entre o zika e a microcefalia em bebês de mulheres infectadas durante a
gestação.
Somente no Brasil, cerca de
500 casos de microcefalia ou de outros tipos de alteração no sistema nervoso
central foram confirmados desde outubro de 2015. Há suspeita de que a maior
parte esteja ligada ao vírus zika. Além disso, outros 3.935 casos são
investigados no momento.
O alarmante crescimento do
número de casos no país nos últimos meses fez com que técnicos do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos viessem
ao Brasil para iniciar uma pesquisa junto ao Ministério da Saúde, com o
objetivo de investigar a relação entre os casos de microcefalia e o vírus zika.
O Globo
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