Diversas ações estão sendo
feitas no país
para combater focos de
proliferação do aedes aegypti,
vetor da
zika. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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O Ministério da Saúde
confirmou hoje (11) a terceira morte provocada pelo vírus Zika em adultos no
Brasil. O caso ocorreu em abril de 2015, mas os resultados dos exames saíram só
agora. A paciente tinha 20 anos e morava no município de Serrinha, no Rio
Grande do Norte.
A primeira morte foi
confirmada pelo Instituto Evandro Chagas em novembro de 2015. O homem de 35
anos morava em São Luís no Maranhão e tinha histórico de lúpus, tratamento
contínuo com corticosteroides, artrite reumatoide e alcoolismo. O lúpus afeta o
sistema imunológico e, por isso, ele não resistiu ao vírus Zika. Ele morreu em
junho de 2015. O caso foi encaminhado para o instituto, com sede em Belém, por
ser referência nacional em febres hemorrágicas.
O segundo caso de morte,
também confirmado em novembro de 2015, foi de uma paciente que morreu em
outubro em Benevides (PA). Uma adolescente de 16 anos, com suspeita inicial de
dengue, apresentou dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e mucosas.
A coleta de sangue ocorreu sete dias após o início dos sintomas, em 29 de
setembro; a paciente, após a infecção pelo vírus Zika, desenvolveu quadro de
púrpura trombocitopênica grave e hemorragias.
A maioria dos casos de morte
por vírus Zika ocorreu em bebês com microcefalia. De acordo com o último
boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, no total, foram notificadas 76
mortes após o parto ou durante a gestação. Destas, 15 foram investigadas e
confirmadas para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central e cinco
tiveram identificação do vírus Zika no tecido fetal. Há 56 casos ainda em
investigação e cinco foram descartados.
O ministério já confirmou 404
casos de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, dos
quais 17 estão relacionados ao vírus Zika. Foram descartados 709 casos e 3.670
casos suspeitos de microcefalia em todo o país estão sendo investigados, o que
representa 76,7% das notificações. O boletim refere-se aos casos registrados
até 30 de janeiro.
Agência Brasil
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