O consumo de energia elétrica
no país caiu 5,1% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado,
totalizando 38.495 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), nesta quinta-feira (31).
De acordo com a entidade, a
indústria “continua sendo o principal motivo do recuo”. O consumo do setor
recuou 7,2% no mês. As maiores quedas da indústria foram observadas nas regiões
Nordeste (-11,5%), Sudeste (-8,5%) e no Sul (-7,4%).
A EPE informou que o setor
extrativo de minerais metálicos registrou decréscimo de 19,4% no mês, o maior
da indústria. E que os estados da Bahia (-7,2%), Minas Gerais (-26,7%) e
Espírito Santo (-38,7%) foram as que mostraram as maiores quedas,
"relacionadas aos declínios na produção de minerais metálicos não ferrosos,
minério de ferro e politização, respectivamente".
Na contramão, foi o setor
alimentício que registrou a maior alta de consumo de energia na indústria, com
leve crescimento de 0,6%.
"Entre os crescimentos
mais relevantes, estão o de Mato Grosso (+11,3%), associado ao abate e produção
de carne bovina e de frango e ao esmagamento de soja, e o do Paraná (+8,1%),
sustentado pelo abate de aves e suínos e pela fabricação de ração para
animais".
Comércio e serviços
O setor de comércio e
serviços, porém, registrou a maior retração desde 2004, com queda de 4,8%, com
total de 7.719 GWh. Segundo a EPE, a região Nordeste mostrou pela primeira vez
um resultado negativo, queda de 1,7%.
"O quadro de crédito
restritivo conjugado ao mercado de trabalho com perspectiva de aumento do
desemprego e retração da renda, tem induzido o consumidor a adotar um compor
tamento mais cauteloso", analisou a EPE.
A redução do consumo de
energia elétrica também foi observada nas residências. O recuo foi de 3,2%, em
comparação com fevereiro de 2015, totalizando 11.352 GWh. O consumo médio nas
residências do Brasil caiu 4,5%, chegando a 159 kWh/mês, contra 167 kWh em
fevereiro de 2015.
“Influenciada pelo cenário
econômico adverso e pelas temperaturas mais amenas se comparadas às do ano
passado, acarretando menor uso de condicionamento ambiental nos domicílios”,
afirmou a entidade.
G1
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