A Comissão Especial do
Impeachment no Senado, eleita nessa segunda-feira (25) pelo plenário da Casa,
se reúne hoje, às 10h, para eleger o presidente e o relator. O presidente
indicado é o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que apresentou a previsão do
calendário que deve ser adotado pela comissão. O senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG) deverá ser o relator.
Por votação simbólica, foram
confirmados ontem os nomes dos 21 senadores titulares e os suplentes, indicados
pelas bancadas partidárias na semana passada.
Como senador mais velho da
comissão, Lira dará início aos trabalhos, mas depois terá que passar para o
segundo mais idoso, enquanto é feita a eleição para o cargo de presidente.
Apesar das reclamações de
parlamentares aliados da presidenta Dilma Rousseff, Raimundo Lira confirmou que
Anastasia deverá ser o relator, mas admitiu que aliados ao governo poderão
apresentar outro nome e que a decisão será do plenário do colegiado.
O futuro presidente da
comissão especial adiantou que ainda nesta semana os advogados que apresentaram
o pedido de impeachment de Dilma – Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel
Reale Júnior – serão ouvidos pelos senadores. No dia seguinte, será a vez do
ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, fazer a defesa da
presidenta.
A expectativa é de que o
relatório sobre a admissibilidade do processo no Senado seja apresentado na
comissão no dia 8 de maio. Depois disso, haverá prazo de 24 horas para vista
dos senadores, ou seja: um tempo a mais para que eles possam analisar com calma
o relatório, antes da votação no dia 9 de maio. Votado na comissão, após 48
horas, no dia 12 de maio, independentemente do resultado, ele segue para
análise do plenário da Casa. Nos dois casos, a votação será feita por maioria
simples. Se for aprovada em plenário, a admissibilidade do processo, Dilma é
imediatamente afastada do cargo por 180 dias.
Agência Brasil
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