A taxa de desocupação atingiu
10,9% no trimestre móvel encerrado em março último, resultado 1,9 ponto
percentual acima da taxa de 9% do trimestre fechado em dezembro de 2015 e 3
pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015, quando o desemprego
estava em 7,9%. Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) iniciada em
2012.
Os dados foram divulgados hoje
(29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população
desocupada chegou a 11,1 milhões de pessoas, aumentando 22,2% (2 milhões de
pessoas), em relação ao número de desempregados do período imediatamente
anterior (outubro a dezembro de 2015).
No confronto com igual
trimestre do ano passado, o número de desemprego subiu 39,8%, o que significa
um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas.
Os dados do IBGE indicam que,
no trimestre encerrado em março último, a população ocupada do país estava em
90,6 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 1,7%, quando comparada com
o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do
ano passado, houve queda de 1,5% na população ocupada, representando menos 1,4
milhão de pessoas.
Carteira Assinada
Em um ano, 1,4 milhão de
pessoas deixaram de integrar o contingente de trabalhadores com carteira de
trabalha assinada no setor privado, que fechou o trimestre encerrado em março
último em 34,6 milhões de trabalhadores.
Os dados fazem parte da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua divulgada pelo IBGE. O
número de empregados com carteira assinada apresentou queda em ambos os
períodos de comparação.
Frente ao trimestre de outubro
a dezembro do ano passado, a queda foi de 2,2%, e na comparação com igual
trimestre do ano passado (janeiro/março), a redução foi de 4%.
Em contrapartida, a categoria
das pessoas que trabalharam por conta própria registrou aumento de 1,2% em
relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o que significou incremento
de 274 mil pessoas.
Na comparação com o trimestre
de janeiro a março de 2015, houve aumento de 6,5% no número dos que trabalhavam
por conta própria, o que representou um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas.
Já a participação dos
empregadores apresentou redução de 5,8% em relação ao trimestre de outubro a
dezembro de 2015 e, de 8,6% em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015.
Por grupamentos de atividade,
o contingente de ocupados caiu 5,2% na indústria em geral no trimestre
encerrado em março, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015,
menos 645 mil pessoas empregadas no parque fabril do país.
A queda foi de 4,8% na
construção (-380 mil pessoas); de menos 1,9% na administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (o equivalente a
menos 299 mil pessoas); e de 1,6% no comércio, reparação de veículos
automotores e motocicletas (-280 mil pessoas).
Rendimento médio
Os dados divulgados pelo IBGE
indicam, ainda, que o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os
trabalhos fechou março em R$ 1.966, permanecendo estável frente a R$ 1.961
relativos ao trimestre de outubro a dezembro de 2015. Com relação ao mesmo
trimestre do ano passado, o rendimento médio real habitual caiu 3,2% em relação
ao mesmo trimestre do ano passado, quando era de R$ 2.031.
Na comparação com o trimestre
de outubro a dezembro de 2015, apenas os trabalhadores domésticos apresentaram
aumento no rendimento médio (2,3%). Em relação ao trimestre de janeiro a março
de 2015, na categoria dos trabalhadores por conta própria, houve redução de
3,9% no rendimento médio.
Por grupamento de atividade,
ainda em relação ao trimestre outubro a dezembro de 2015, houve retração de 4%
na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e alta de
2,3% no grupamento dos serviços domésticos.
Frente ao trimestre janeiro a
março de 2015, a retração foi ainda maior: de 8% nos rendimentos da
agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e de 5,5% no
comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.
Segundo o IBGE, os R$ 173,5
bilhões relativos a massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os
trabalhos ficaram estáveis em relação ao trimestre de outubro a dezembro de
2015, mas teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Agência Brasil
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