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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dilma usa discurso na ONU para falar de 'grave momento' que vive o Brasil

A presidente Dilma Rousseff durante seu discurso na sede da ONU - Mark Lennihan / AP
A presidente Dilma Rousseff usou parte do seu discurso na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual apresentou as medidas tomadas pelo governo brasileiro no acordo climático, para citar o "grave momento que vive o Brasil". A presidente discursou por pouco mais de oito minutos. Sua fala sobre a situação política do Brasil durou menos de um minuto. Ela não usou, em seu discurso, a palavra "golpe" ou "impeachment". E o público presente na ONU reagiu com normalidade, aplaudindo a presidente apenas no final de sua fala.

- A despeito disso quero dizer que o Brasil é um grande país, que soube superar o autoritarismo e construiu uma pujante democracia. O nosso povo é trabalhador e com grande apreço pela liberdade, e saberá impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade - disse Dilma. 

Na entrevista que dará a seis veículos de imprensa internacional, logo mais à tarde, a presidente deve explorar com mais detalhes o discurso de que foi vítima de um golpe.

Antes de citar o momento político, Dilma disse em seu discurso que tem orgulho de seu governo, que vai lutar para que o acordo climático seja implementado o mais rápido possível e que assinar este acordo é a parte mais fácil, que a sua implementação exigirá esforços.

Ela repetiu as metas de redução de emissões e de queda de desmatamento na Amazônia. A presidente disse na ONU que o país vai ampliar o uso de energia renovável e que os impactos negativos das mudanças climática afetam mais aos pobres. Ao fim do discurso, Dilma voltou à Assembléia da ONU, onde foi assinar o acordo climático.

APOIO INTERNACIONAL
Ela foi recebida em Nova York, na noite de quinta-feira, com flores por um grupo de 50 pessoas, à porta da residência oficial do embaixador Antonio Patriota, em uma manifestação contra o impeachment.

Dilma sentou-se ao lado do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e à frente do embaixador Antonio Patriota. Deputados da oposição também viajaram aos Estados Unidos.

Além de sustentar a versão do 'golpe' no ambiente internacional, a viagem e o discurso de Dilma ao encontro da ONU sobre o clima representam uma tentativa do governo brasileiro de emplacar uma agenda positiva em meio à crise política do país. A presidente decidiu participar da reunião pouco mais de 24h antes de embarcar. Receosa em deixar o Brasil, Dilma confirmou sua ida a Nova York a partir da avaliação de que os veículos de imprensa de fora têm dado mais espaço para a defesa da presidente.

Dilma Rousseff deverá exaltar as propostas dos negociadores brasileiros na COP 21, em dezembro passado, decisivas no acordo fechado por 195 países em Paris, no qual o mundo concordou em caminhar para uma economia de baixo carbono.

O discurso de Dilma foi o sexto depois da apresentação inicial do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Depois dele, foi a vez do presidente francês François Hollande discursar. Seguiram a ordem o secretário-geral da Assembleia da ONU, o presidente do Peru, Alan García; do Congo, Denis Sassou Nguesso; da Bolívia, Evo Morales, e, enfim, a presidente do Brasil.

ACORDO RECORDE
A ONU informou que hoje, dia da Terra, será o recorde de países assinando, em um mesmo dia, um acordo da organização. No total, 165 nações vão chancelar o acordo de Paris sobre mudanças climáticas. O recorde anterior foi registrado em 1982, quando 119 nações assinaram no mesmo dia um acordo sobre o mar. Os demais países, dos 193 que fazem parte da ONU, terão até 17 de abril de 2017 para assinar o documento. O acordo de Paris entrará em vigor quando o documento for ratificado por países que representem até 55% das emissões de gases causadores do efeito estufa. Nove chefes de estado devem discursar no evento da ONU nesta sexta-feira em Nova York, incluindo Dilma Rousseff.

A cerimônia para a assinatura do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas começou com a apresentação musical, um trecho de "Quatro Estações", de Vivaldi, e de um jovem alertando para os riscos das mudanças climáticas. Depois, em seu dicurso, Ban Ki-Moon, secretário geral da ONU, comemorou o recorde de países assinando um acordo em um mesmo dia. Ele disse que quando assumiu o cargo tinha priorizado a questão do meio ambiente e que está feliz pelo acordo obtido em dezembro em Paris. Ele pediu para que os países convertam os acordos de Paris em ações.

— Acabou a época de consumo sem consequencias. Tempos que reforçar nossos esforços para "descarbonizar" nossas economias. - disse o secretário. - As medidas para o clima não é um carga, mas nos oferece muitos benefícios, pode nos ajudar a reduzir a pobreza e gerar emprego verde — disse.

O presidente da França, François Hollande, afirmou, em seu discurso de abertura da cerimônia da ONU para assinatura do acordo sobre Mudanças Climáticas, lembrou que até o último minuto da conferência do Clima de Paris havia dúvidas da obtenção de um acordo, mas que os países conseguiram superar suas dificuldades e chegaram a um consenso importante. Ele afirmou que a humanidade pode estar orgulhosa do acordo alcançado e citou que o contexto do acordo de Paris era "dramático" dias após os fortes atentados terroristas na capital francesa, sendo um "marco simbólico" para o resto do mundo.

— Os meses antes da assinatura do clima foram os mais quentes da história, foram registradas mais catástrofes em diversos países - disse o presidente francês, citando alguns problemas ambientais ocorridos no mundo nos últimos tempos.

O Globo

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