Apesar do lançamento da
campanha ter sido hoje, o ministério adiantou para o dia 1º deste mês o envio
das vacinas aos estados, devido ao grande número de infecções pelo vírus H1N1
antes do período de pico, que é o inverno. “Infelizmente neste ano [a gripe]
veio mais cedo do que nos outros anos e, por isso, tivemos que antecipar a
distribuição das vacinas e, mesmo assim, continuamos com casos graves”, disse o
ministro da Saúde, Marcelo Castro, em entrevista coletiva, pouco depois de a
assessoria ter confirmado que ele pediria demissão do cargo ainda nesta
quarta-feira.
O público-alvo é formado por
49,8 milhões de pessoas, e o ministério quer imunizar ao menos 80% desta
população. Receberão a vacina pela rede pública crianças que tenham mais de 6
meses e menos de 5 anos, gestantes, mulheres que deram à luz há até 45 dias,
trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, quem tem 60 anos ou mais de
idade, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, quem
tem doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais,
como doença respiratória crônica, doenças cardíacas, renais, hepáticas ou
neurológicas crônicas, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e
portadores de trissomias. A escolha dos grupos prioritários é recomendação da
Organização Mundial da Saúde.
Na entrevista, a coordenadora
do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues,
disse que a vacina deve ser tomada todos os anos pelo público-alvo, já que os
tipos de vírus em circulação mudam e a imunização dura de seis a 10 meses. “A
influenza é uma doença sazonal, cíclica. Em um ano pode haver mais casos e, em
outros, menos. Como não podemos prever quando teremos maior circulação do
vírus, todo ano, o público-alvo deve ser vacinado”, afirmou Carla. Ela destacou
que é importante todo o público-alvo ser vacinado antes do inverno.
A vacina contra a gripe
distribuída pelo Ministério da Saúde imuniza contra três tipos da doença:
A/H1N1, A//H3N2 e influenza B. Carla Domingues ressaltou que o ministério
distribuirá vacina suficiente para que todos do público-alvo sejam imunizados.
De acordo com Carla, o produto
é seguro. “A pessoa se confunde, pegou outro tipo de vírus e acha que a vacina
causou a doença, isso não é possível. Se a pessoa teve um resfriado, uma gripe,
deve tomar, sim, a vacina quando estiver melhor”, reforçou a médica. “Não é
porque tive uma gripe que estou imunizado e não preciso da vacina.”
A estrela da campanha
“Vacine-se contra a gripe e viva com mais saúde” é a atriz Arlete Salles, que
foi elogiada pelo ministro da Saúde pela performance. “Se fosse continuar aqui,
eu a contrataria para todas as campanhas”, disse Castro, confirmando,
sutilmente, que deixará o cargo.
Números
Segundo o último boletim, até
16 de abril, foram registrados 1.635 casos de gripe influenza, sendo 83% destes
pelo vírus H1N1. No período, foram registradas 250 mortes por influenza, sendo
230 por H1N1.
O Ministério da Saúde reforça
que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para
evitar a infecção por influenza. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos
e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de
doenças respiratórias, são algumas destas medidas.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente