Em sua apresentação como
treinador da seleção brasileira, na tarde desta segunda-feira, Tite adotou uma
postura "paz e amor". Durante entrevista coletiva na sede da CBF, na
Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o técnico se esquivou de perguntas sobre
corrupção na CBF e afirmou que confia no comprometimento de Neymar com a
seleção brasileira.
- Uma coisa que acredito: o
lado humano potencializa o lado profissional. Eu chegando aqui a perna estava
balançando, é o lado humano que todos temos. Uma coisa que posso garantir é que
todos, incluindo Neymar, querem o bem da seleção. Temos que achar o melhor
caminho. A partir deste momento, começo a potencializar este melhor caminho -
afirmou Tite.
O treinador preferiu não se
estender sobre o melhor posicionamento do atacante e não definiu se manterá
Neymar como capitão da seleção brasileira. O craque do Barcelona ganhou a
braçadeira no começo da era Dunga, após a Copa do Mundo de 2014. Tite deu a entender
que pode implantar um rodízio de capitães na seleção:
- O objetivo da troca de
capitania é que todos têm uma responsabilidade na performance do grupo. Essa é
a grande marca de uma equipe de futebol. Existem diversos perfis de liderança:
a técnica, a comportamental, aquela que consegue externar de forma pública suas
ideias, aquela que é exemplar no aspecto disciplinar do dia a dia. Vou procurar
fomentar esse tipo de relação em que, quando ganha um, ganham todos. A alegria
de um é a alegria de todos. Precisamos ter senso de equipe - declarou.
Quando perguntado por um
jornalista se o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, viajaria ao Equador
para o próximo compromisso da seleção brasileira nas eliminatórias, em
setembro, Tite foi lacônico. Evitou comentar sobre a rotina de Del Nero, que
tem evitado viajar para o exterior desde a operação do FBI na Suíça, em maio de
2015, que levou à prisão de dirigentes esportivos sul-americanos, como o
ex-mandatário da CBF, José Maria Marin - que segue em prisão domiciliar, nos
EUA.
- O Coronel é a pessoa que
viaja, certo? - Respondeu Tite, referindo-se ao Coronel Nunes, que substituiu
Del Nero durante seu afastamento da presidência da CBF, no fim de 2015. Nunes foi
o chefe da delegação brasileira na Copa América Centenário.
Globo Esporte
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