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sábado, 13 de agosto de 2016

Brasil enfrenta a Colômbia pelas oitavas de final dos Jogos Rio-2016

Gabigol no jogo contra o Iraque - EVARISTO SA / AFP
Até aqui, só se falou em como a seleção iria jogar, qual a melhor formação, como furaria bloqueios defensivos formados por jogadores de trajetória obscura. Não que os brasileiros não estudassem os rivais, claro que o faziam. É que, externamente, estes não tinham qualquer repercussão, não eram tema. Agora mudou. É como se, enfim, houvesse um adversário do outro lado. Neste ponto, a prévia do Brasil x Colômbia de hoje, às 22h, no Itaquerão, teve um aroma distinto do que o Brasil já viveu na Olimpíada.

O primeiro mata-mata já é uma mudança de rotina. Mas pode trazer outra. A Fifa testa no torneio olímpico a quarta substituição em caso de prorrogação, algo que a seleção jamais viveu. 

Pela primeira vez, Rogério Micale e jogadores tiveram que responder sobre o rival. Porque, enfim, há nomes com alguma reputação, de quem parte do público tem referência. A Colômbia tem oito jogadores com passagem pela seleção principal. No Brasil, são nove. Se aparentemente o chaveamento foi benevolente, colocando Coreia ou Honduras — que se enfrentam hoje, às 19h, no Mineirão — como rival da semifinal, por outro lado reservou uma quarta de final ingrata.

A Colômbia trouxe Sebastián Perez, titular em jogos das eliminatórias da Copa e campeão da Libertadores pelo Atletico Nacional, assim como Miguel Borja, que desandou a fazer gols nas finais do torneio. Os dois, desgastados, viraram reservas do time olímpico. Há ainda Pabón, de passagem opaca pelo São Paulo, mas com experiência de clubes como o Valencia. Ou Téo Gutierrez, que não vive o melhor momento, mas tem Copa do Mundo no currículo.

— Nunca enfrentei o Téo Gutierrez, mas o Pabón é rápido, tem um chute forte — diz Rodrigo Caio, ex-companheiro do colombiano no São Paulo e vítima de Borja na Libertadores. — Sabemos o quanto ele é perigoso.

Micale foi levado a esmiuçar o rival. Não quis dar tantos detalhes, mas espera um time marcando atrás, só que com mais predisposição a atacar.

— É um time coletivamente forte, que vai tentar a bola longa, chegar ao ataque com rapidez. Mas que em alguns momentos quebra o ritmo e propõe o jogo. São muito agressivos ao tentar recuperar a bola — alertou, garantindo que o mata-mata não trará um Brasil menos agressivo. — Não há possibilidade de mudar o conceito. Mas temos que ser pacientes, entender que temos 90 minutos para ganhar.

O técnico colombiano, Carlos Restrepo, espera mesmo fazer um jogo diferente dos demais rivais do Brasil:

— Vi que os times se defendiam, mas logo devolviam a bola rapidamente ao Brasil. Esperamos equilibrar o jogo com a bola. A times técnicos, ofensivos, incomoda que o rival maneje a bola.

Certezas quanto à forma, dúvidas quanto à escalação. Neymar é o grande suspense da seleção, embora seja muito provável que jogue. Com torção no tornozelo direito, ontem entrou em campo de tênis, no CT do Corinthians. Participou da conversa do elenco com o técnico e foi para a academia com Douglas Santos, Marquinhos e Renato Augusto. Mas já mancava menos.

— Há pouco espaço entre os jogos, não vi a necessidade de o Neymar treinar. O importante é estar bem para jogar e confio nisso. Ele está em tratamento intensivo e avaliado a todo momento— disse Micale, perguntado se preparava um plano B. — Se preciso, vamos ter. Mas contamos só com o A, por enquanto. O B fica guardado.

SONO TRANQUILO DO TÉCNICO
Quando se cruzam os caminhos de Neymar e da Colômbia, histórias são escritas. Até aqui, nem tão felizes para o craque. Ele já viveu um drama contra a mesma Colômbia, em 2014, ao fraturar a costela e perder a reta final da Copa do Mundo. Também já se destemperou, ao ser expulso em 2015, perder o fim da Copa América e o início das eliminatórias. Agora, novamente a Colômbia surge num ponto importante de sua carreira. Era contestado, fez ótimo jogo contra a Dinamarca e busca uma medalha de ouro que o levaria a novo patamar em sua história na seleção.

Foi justamente contra a Colômbia, em 2014, o último mata-mata de Neymar pela seleção. Mas ele não é a única dúvida de Micale. Luan, que substituiu Felipe Anderson contra a Dinamarca, tem vaga quase certa. Já Walace, titular no último jogo, e Thiago Maia, que volta de suspensão, disputam posição.

— Vou levar o dilema até antes do jogo. Thiago Maia fez ótimas partidas, Walace foi perfeito contra a Dinamarca — disse Micale.

Neste momento mais tenso, ele surgiu mais descontraído ontem. Como se a vitória sobre a Dinamarca tivesse tido efeito relaxante. Ele contou que, após noites seguidas tomando remédio para dormir, o sono veio ao natural. Algo novo para ele é a maratona de entrevistas, típica de um torneio olímpico com jogos a cada três dias. Hoje, após o jogo, dará a oitava coletiva em onze dias.

— Eu não preparo nada. Se estou gostando? Não. Sou mais reservado, gosto é de bater papo informal sobre futebol. Espero chegar vivo ao fim — brincou.


O Brasil deve jogar com Weverton, Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos; Thiago Maia (Walace) e Renato Augusto; Gabigol, Luan, Neymar e Gabriel Jesus.

O Globo

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