Bloqueadores de celular
instalados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz começaram a funcionar na
quarta-feira, dia 7 (Foto: Andrea Tavares/G1)
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Ligados desde a quarta-feira
(7), os bloqueadores de sinais de celular instalados na Penitenciária Estadual
de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, de fato estão impedindo a
comunicação dos presos. E quem garante isso são os próprios detentos. Como o
equipamento ainda está em fase de testes, em alguns momentos os bloqueadores
precisam ser desligados. É nesta hora que os internos aproveitam para trocar
mensagens. O G1 teve acesso a algumas dessas conversas, nas quais eles reclamam
que ficam sem comunicação quando os bloqueadores estão funcionando.
Em uma troca de mensagens pelo
WhatsApp, alguém pergunta a um preso se o equipamento realmente funciona. “Meu
fi esses bloqueadores de funcionando não é?” (SIC), questiona a pessoa, que
aparentemente está do lado de fora do presídio. “Mano funciona sim. Mas eles
estão desligando de vez enquanto. De ontem pra hoje estava desligado. Não tava
pegando desde ontem anoite Mano. Veio pegar agora anoite” (SIC), responde o
detento.
Os celulares também são usados
para o envio de mensagens de áudio. Em uma dessas gravações, um outro detento
debocha do Estado. “É só pro governo gastar dinheiro mesmo, parceiro. Porque
eles desliga, e depois… desde ontem que não funciona, aí hoje já vai bem com
uma hora que tá funcionando tudo. Já faz uma hora que tá funcionando tudo, ó!”
(SIC), relata o preso.
Secretário de Justiça e da
Cidadania, Wallber Virgolino confirmou a necessidade de os bloqueadores
passarem por ajustes nesta fase inicial de implantação, e que também sabe da
existência de aparelhos celulares dentro da penitenciária. Contudo, ele afirmou
que ainda nesta sexta-feira (9) será feita uma revista minuciosa em busca de
telefones. “Vamos fazer uma operação para pegar esses celulares. Vamos
intensificar as revistas não apenas em Alcaçuz, mas em todas as unidades”,
garantiu.
G1RN
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