O serviço de instalação foi
concluído e os bloqueadores de celular já estão funcionando na Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. A afirmação é do
secretário estadual de Justiça e da Cidadania (Sejuc) Wallber Virgolino.
“Alguns ajustes serão feitos no decorrer do mês, mas o equipamento já está em
pleno funcionamento”, disse ao G1 na manhã desta quarta-feira (7).
Alcaçuz fica em Nísia
Floresta, cidade da Grande Natal. A penitenciária possui atualmente 1.140
presos. A capacidade, no entanto, é para 620.
Onze torres sustentam os
bloqueadores, todas instaladas dentro da unidade.
Nova Cruz
Na Cadeia Pública de Nova Cruz,
cidade da região Agreste do estado, bloqueadores também já estão funcionando.
“Há 20 dias”, afirmou Virgolino. "Lá, são duas torres", acrescentou o
secretário.
Com essas instalações, agora
são três as unidades prisionais do estado com bloqueadores de celular já
funcionando: Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Penitenciária Estadual de
Parnamirim e Cadeia Pública de Nova Cruz.
Preocupação na segurança
A instalação dos bloqueadores
em Alcaçuz é assunto recorrente e preocupação constante para os órgãos de
segurança pública do estado. Tanto que, em setembro, 116 militares da Força
Nacional chegaram a Natal para reforçar o policiamento no entorno de presídios
e áreas de risco da cidade – tudo em razão da instalação do equipamento.
A medida foi necessária em
razão da onda de ataques que várias cidades do estado sofreram após a
instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim.
No início da semana, em
coletiva de imprensa, o governador Robinson Faria afirmou que a Força Nacional
vai permanecer no estado por mais 120 dias.
Na noite do domingo (4), um
ônibus foi incendiado na cidade de Parnamirim e uma delegacia e um carro da
Polícia Civil atingidos por tiros no bairro das Quintas, na Zona Oeste de
Natal. Segundo o próprio governador, a polícia tem duas linhas de investigação
quanto ao que motivou os atentados: retaliação de criminosos, como resposta à
ação policial que terminou com cinco assaltantes mortos e dois presos na noite
do sábado (3) em São José de Mipibu, cidade da região Metropolitana da capital
potiguar, ou mesmo um recado à instalação dos bloqueadores em Alcaçuz.
Ônibus, carros, prédios da
administração pública e bases policiais em 42 cidades foram alvos de incêndios,
depredações e disparos de arma de fogo. Os ataques, 118 ao todo, aconteceram
entre o dia 29 de julho – um dia após a instalação dos bloqueadores em
Parnamirim – e o dia 15 de agosto. Não houve mortos.
G1RN
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