O Brasil responderá por mais
de um terço dos novos desempregados que vão surgir em 2017 no mundo todo, com
1,2 milhão de pessoas a mais que perderão seus postos, reforçando o cenário de
que a economia brasileira ainda patina para começar a se recuperar. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê que existirão 3,4
milhões a mais de desempregados no mundo neste ano, levando o total para mais
de 200 milhões.
No documento, a OIT chamou a
atenção para a deterioração do mercado de trabalho brasileiro, onde a
"recessão mais profunda que o esperado em 2016 vai continuar a ter efeitos
em 2017".
Enquanto no mundo a taxa de
desemprego deverá subir 0,1 ponto percentual, para 5,8%, no Brasil essa alta
será de quase 1 ponto, passando de 11,5% em 2016 para 12,4% em 2017, projetou a
OIT.
Para 2018, a expectativa é de
que o desemprego continue subindo no país, com 200 mil pessoas a mais sem uma
posição, para total de 13,8 milhões de brasileiros.
Na América Latina e Caribe,
ainda segundo dados da OIT, 1,5 milhão de pessoas vão perder seus postos neste
ano, somando 26,6 milhões de desempregados. Em 2018, esse número subirá a 27,1
milhões.
Dados do final de 2016 mostram
que a atividade econômica no Brasil não deu sinais consistentes de retomada, o
que deixa a recuperação esperada para este ano sob pressão.
A estimativa de crescimento
para 2017 na pesquisa Focus do Banco Central é de apenas 0,5 por cento, depois
de recuo de 3,49 por cento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
O Globo
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