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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Com 48 seleções, Fifa aprova maior reforma da história das Copas

De olho em lucros inéditos e em consolidar o futebol como principal esporte no mundo, a Fifa promove a maior reforma da história de quase cem anos da Copa do Mundo e inicia uma mudança completa no calendário internacional. Além de uma expansão para incluir 48 seleções, a entidade altera as regras do torneio e abre a possibilidade de que continentes possam repartir os jogos em diversos países. Torneios como a Copa das Confederações devem desaparecer e clubes terão maior participação nos lucros.

O Estado havia antecipado que uma decisão de princípios já havia sido tomada numa reunião informal no domingo entre os cartolas. Nesta terça-feira, de forma oficial, a Fifa votou a favor da decisão, incluindo 16 novos times a partir da edição de 2026 do Mundial. De acordo com a entidade, a decisão do Conselho foi tomada de forma unânime e não houve voto dissidente. 

Na preparação para a decisão desta terça-feira, a entidade havia realizado 10 mil simulações apontando que, em termos de qualidade, o melhor seria manter a Copa com os atuais 32 países. Mas, para atingir seu objetivo de expandir o futebol e elevar a renda da entidade, a opção encontrada foi a de abrir mais vagas.

Assim, a Copa iniciará com 48 times, divididos em 16 grupos de três seleções cada. As duas melhores de cada chave passam para a fase seguinte e, com 32 times, começaria um mata-mata.
A projeção é de que a renda salte em 35%, com uma audiência recorde em novos territórios que jamais sonhariam em se classificar para a Copa do Mundo, principalmente na Ásia. Com a expansão, existem boas chances de que a China também entre na Copa, um sonho de Pequim e dos dirigentes na Fifa.

Pelo projeto aprovado, serão 80 jogos e pelo menos seis horas de futebol por dia. Com quatro partidas por dia, a própria entidade admite que será “um desafio” erguer uma infraestrutura capaz de acomodar o projeto.

Para que isso seja possível, a Fifa vai promover mudanças radicais nas regras do jogo. O primeiro é o fim do empate, com todos os jogos sendo definidos em pênaltis. Além disso, até 2026, a esperança é de que a tecnologia já esteja avançada e de que polêmicas de arbitragem possam ser facilmente resolvidas por vídeo ou outros auxiliares. Estão ainda em estudos medidas como a autorização de novas substituições, na esperança de manter elevado o ritmo de jogo.

CONTINENTAL
Para garantir ainda que o novo projeto possa encontrar uma sede capaz de ter doze estádios novos, 64 campos de treinamentos, 48 hotéis para as seleções e uma segurança reforçada, a Fifa vai abrir a possibilidade de que diversos países se apresentem de forma conjunta.

Um dos temores das federações era de que, com o novo projeto, as futuras sedes da Copa se limitassem aos grandes países: EUA, China, Alemanha ou Japão.

Mas a Fifa, a partir de 2026, permitirá que uma Copa possa ocorrer em mais de três países ao mesmo tempo. Isso, segundo a entidade, reduzirá o custo para cada uma delas. Se o Mundial voltar para a Europa em 2030, por exemplo, ela poderia ser espalhada pelo continente. No caso da América do Sul, o evento poderia ver uma aliança entre Argentina, Uruguai e Chile.

O primeiro teste para o novo modelo pode ocorrer nos EUA, país que quer sediar o evento em 2026. Mas a proposta pode incluir também jogos no Canadá e México.

O pesadelo organizacional ainda fica mais complicado se for considerado que o país ou continente sede tenha de receber 48 torcidas diferentes e garantir a segurança de todos esses grupos.

RISCOS
Entre os críticos das propostas, o principal temor é de que o que parece ser um salto na renda acabe sendo um tiro no pé na qualidade do torneio. Patrick Nally, o homem que montou o esquema de marketing da Copa nos anos 70, alertou que a expansão pode acabar reduzindo o valor do torneio, diante do exagero de jogos.

Em 2016, pela primeira vez em 30 anos, houve uma fatiga na audiência na Inglaterra em relação ao futebol. A conclusão foi de que havia “muitos jogos” ao vivo. Para a Fifa, isso seria compensado por novos territórios e populações que passariam a fazer parte da “festa”.

A meta também é de ter 60% da população mundial envolvida no futebol nos próximos dez anos, consolidando a modalidade como o esporte mais popular – e rentável – do planeta.

PODER
Outro impacto será na divisão de vagas por cada continente. Infantino havia prometido, para ser eleito, que abriria espaço para novas regiões do mundo. A tática foi a mesma usada por João Havelange nos anos 70 para conseguir se consolidar no poder. Com a aprovação, Infantino tem grandes chances de se eleger uma vez mais em 2019.

Nos próximos meses, haverá um debate sobre como serão repartidas as vagas para o torneio. Mas tudo indica que a América do Sul possa ter 6,5 vagas, contra 9,5 para a África, 8,5 para os asiáticos, 16 para europeus, 6,5 para Concacaf e uma para a Oceania.

Com a expansão, a Fifa ainda vai distribuir US$ 1 bilhão às federações a partir de 2026 e apenas por entrar no evento um país pode ficar com pelo menos US$ 8 milhões.


Para acalmar os clubes europeus, a Fifa ainda promete uma série de medidas: limitar a nova Copa a 32 dias, o fim da Copa das Confederações e o fim da obrigatoriedade de liberar jogadores para a Olimpíada.

Estadão Conteúdo

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