A expectativa para a inflação
está em queda consistente entre os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo
Banco Central para seu boletim semanal Focus. Para 2017, os analistas preveem
que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 4,81%, abaixo dos
4,87% que calculavam há uma semana e dos 4,9% que viam há um mês. Para 2016, a
estimativa é de 6,35%, recuo em relação à taxa informada na semana passada
(6,38%) e há quatro semanas (6,52%). Para dezembro, o mercado prevê 0,36%,
abaixo dos 0,39% de uma semana e dos 0,52% há quatro. O número oficial do IPCA
sai depois de amanhã.
A taxa de inflação é decisiva
para o BC decidir a taxa de juros no país. A próxima reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) do BC acontece depois de amanhã, mesmo dia da
divulgação do IPCA. A expectativa é de corte de 0,5 ponto percentual, levando a
taxa a 13,25%. A estimativa dos entrevistados já se mantém neste patamar há um
mês. Para dezembro, a projeção foi mantida nesta reunião, em 10,25%.
No último boletim, divulgado
no dia 2 e referente à última semana de 2016, os economistas elevaram as
apostas para o corte de juros neste ano, apesar de terem elevado ligeiramente
as projeções para a inflação em 2017. Disseram acreditar que a Selic,
referência no Brasil, chegará a dezembro
Em 2015, a inflação oficial
estourou em muito a marca tolerada pelo BC, ficando em 10,67%. A meta do
governo para este ano é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para
cima ou para baixo. O resultado previsto para o ano que vem se aproximando do
centro da meta, também de 4,5%. A variação que será tolerada pelo BC em 2017,
no entanto, é um pouco menor do que a deste ano, de 1,5 ponto percentual para
cima ou para baixo.
Para o Produto Interno Bruto
(PIB) de 2017, a expectativa sem mantém inalterada em 0,5%. Há um mês, o índice
previsto era de 0,7%, mas economistas já tinham revisto projeção. Para 2016, o
cáluco permaneceu inalterado em contração de 3,49%. O documento divulgado hoje
é o primeiro referente à atividade econômica neste ano.
Para o setor industrial, as
previsões para 2017 estão melhorando: os entrevistados pelo BC avaliam agora
que a produção vai se expandir em 1%. Até a semana passada, a estimativa era de
0,88%. Há quatro semanas, de 0,75%.
Para este ano, contudo, as
expectativas em relação à indústria pioraram e são de retração de 6,65%, pior
que o recuo de 6,58% citado na semana passada.
O Globo
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