Força Nacional faz a contenção
dos presos na penitenciária Raimundo Nonato (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
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O Ministério da Justiça
prorrogou por mais 60 dias a presença da Força Nacional no Rio Grande do Norte.
Os policiais enviados pelo governo federal estão atuando na segurança do
perímetro externo das unidades prisionais localizadas na Grande Natal. A Força
Nacional chegou ao estado em março de 2016 durante a série de motins iniciada
no sistema prisional do estado.
A prorrogação foi publicada no
Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (9). O prazo de apoio da
Força Nacional de Segurança Pública ao Rio Grande do Norte ainda poderá ser
prorrogado caso haja necessidade.
Em 2016 chegou a 373 o número
de detentos que conseguiram escapar do sistema prisional potiguar somente este
ano. O número foi superior ao ano de 2015, quando 212 presos fugiram.
Força Nacional atua em
situações de crise
A Força Nacional de Segurança
foi criada em 2004 para atuar em situações de crise e emergência. Todos os
estados cedem policiais militares e civis, bombeiros e peritos para compor o
efetivo. Em troca, os governadores podem solicitar a presença da força quando
acharem necessário.
Calamidade Pública
O sistema penitenciário
potiguar entrou em calamidade pública em março de 2015, logo após uma série de
rebeliões em várias unidades prisionais. Na ocasião, o governo pediu ajuda à
Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios (todos depredados durante os
motins), foram gastos mais de R$ 7 milhões. Tudo em vão. As melhorias feitas
foram novamente destruídas. Atualmente, em várias unidades, as celas não
possuem grades e os presos circulam livremente dentro dos pavilhões.
Deficit carcerário
Segundo a Secretaria de
Justiça e da Cidadania (Sejuc), órgão responsável pelo sistema prisional do
estado, o Rio Grande do Norte possui 33 unidades prisionais. Juntas, elas
oferecem 3,5 mil vagas para uma população carcerária de 8 mil presos, ou seja,
deficit de 4,5 mil vagas.
G1RN
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